Adriano Fernandes de Campos é sócio com o pai, sargento aposentado, na empresa de vigilância e ainda não foi encontrado
Igor Carvalho
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 17 de Junho de 2020 às 11:35
Guilherme da Silva Guedes, de 15 anos, foi assassinado na última segunda-feira (16) - Foto: Reprodução
Sediada em Santo André, na Grande São Paulo, a Campos Forte Portaria Ltda é a empresa contratada para fazer a vigilância da terceirizada da Sabesp na Vila Clara, zona sul de São Paulo, onde o adolescente Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, foi assassinado.
Os sócios são dois policiais militares, o sargento Adriano Fernandes de Campos e o sargento aposentado Sebastião Alberto de Campos, pai e filho, respectivamente.
A reportagem do Brasil de Fato apurou que o sargento Adriano Fernandes de Campos é apontado pela investigação como um dos autores do assassinato do adolescente.
No entanto, ele ainda não foi localizado para prestar depoimento. O militar está lotado no Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e, de acordo com o site Transparência governo de São Paulo, recebe uma remuneração de R$ R$ 6.312,06 mensal.
Na última terça-feira (17), o Brasil de Fato esteve na terceirizada da Sabesp e conversou com Osvaldo Marchetti, engenheiro responsável pela empresa.
Ele confirmou que o sargento da Polícia Militar Adriano Fernandes de Campos é o proprietário da empresa que foi contratada para fazer a vigilância do galpão, onde ficam diversos caminhões que são utilizados para instalação e reparos feitos pela Sabesp.
Segundo Marchetti, três adolescentes teriam pulado no terreno da terceirizada da Sabesp na noite de domingo para tentar chegar a um supermercado ao lado.
Um vigia, que presta serviços para a Campos Forte Portaria Ltda, ligou para o sargento Adriano Fernandes de Campos, que foi até o local. O horário coincide com o desaparecimento de Guedes, que foi encontrado já na segunda-feira (15), em Diadema, na Grande São Paulo, com sinais de tortura no corpo.
Ainda de acordo com Marchetti, no dia seguinte ao assassinado de Guedes, Campos e o outro vigia já não estavam na empresa.
“Quando um funcionário chegou para trabalhar na segunda de manhã, o vigia não estava e a porta estava aberta. Aí apareceu um grupo lá do outro lado querendo saber do garoto que tinha desaparecido. Nós não tínhamos conhecimento disso. Informamos os dados da companhia privada de vigilância", afirma Marchetti.
Edição: Leandro Melito
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