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terça-feira, 16 de junho de 2020

ESTICANDO A CORDA - Ministro do STF determina quebra de sigilo bancário de deputados bolsonaristas


Objetivo da medida é identificar financiadores de atos antidemocráticos nos quais manifestantes pediram fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar.


Por Márcio Falcão e Isabela Melo, TV Globo — Brasília

16/06/2020 17h26 Atualizado há 4 minutos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancários de pelo menos quatro deputados bolsonaristas - Cabo Junio Amaral (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP) e Otoni de Paula (PSC-RJ).

A determinação faz parte do conjunto de medidas adotadas para identificar financiadores de manifestações antidemocráticas que pediam fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar. Um inquérito aberto no STF investiga a organização dessas manifestações.

Na manhã desta terça, por decisão de Moraes, a Polícia Federal começou a cumprir 26 mandados de busca e apreensão contra 21 pessoas, entre as quais empresários, blogueiros, youtubers e um deputado, em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina.

Busca e apreensão

Pela manhã, a Polícia Federal realizou busca e apreensão no gabinete do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos principais defensores do presidente Jair Bolsonaro na Câmara.

Os investigadores fizeram o chamado "espelhamento" das informações de computadores do escritório.

A PF ainda localizou três computadores com aplicativos que inviabilizavam a cópia do material. Diante da situação, os agentes levaram dois computadores que seriam do deputado e um do chefe de gabinete.

A PF busca e-mails de todos os funcionários do gabinete que possam indicar eventual participação em uma rede de estruturação e financiamento dos atos antidemocráticos.

Silveira foi um dos 21 alvos da nova operação deflagrada hoje a pedido da Procuradoria Geral da República e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também atingiram empresários e blogueiros bolsonaristas. Além do gabinete do deputados, endereços no Rio também foram visitados pela PF.

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