...é preciso lembrar as consequências funestas do vício, como se vislumbra na obra de KATHERINE ANNE PORTER (A nau dos insensatos):
(...) perdera três causas importantes nos tribunais mexicanos. Sua esposa conhecia o motivo desse fracasso: ele dera apara beber de tal forma que era incapaz de preparar devidamente os seus arrazoados e de causar boa impressão nos tribunais.
No fundo disso tudo ocultava-se o triste mistério: por que começara a beber?
Ele não podia explicá-lo, como tampouco podia resistir à necessidade imperiosa de conhaque. Hora após hora, durante o dia inteiro, e pela noite adentro, bebia - bebia sem prazer, sem consolo, sem alívio, sem dor, sem vontade, numa tortura irremediável da consciência, estendendo a mão furtiva para a garrafa e deitando o líquido no seu copo, a tremer literalmente de medo.
Durante os poucos dias em que, com longos intervalos, sua esposa o persuadia a parar de beber, punha-se na cama com dores horríveis no estômago, estorcendo-se e gemendo, até chamarem um médico da família para lhe administrar um opiato.(...)
A brilhante e famosa autor ada obra continua a descrever as consequências da ingestão constante de bebida alcoólica e concluiu expondo a injustiça que os círculos familiares e de amizade costumam cometer:
Sempre que um casamento é infeliz ou o marido fracassa nos seus negócios, todos são unânimes em apontar a esposa como a culpada. E ela também teria de culpar a si mesma, pois, muitas vezes dizia, seu marido era om melhor e mais bondoso dos homens(...0
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