Família do coordenador da Lava Jato fez contratos de comodato com posseiros e depois entrou na Justiça para obrigar o Incra a desapropriar o terreno com preços superfaturados
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24 de junho de 2022, 13:55 h Atualizado em 24 de junho de 2022, 14:31
Deltan Dallagnol e fachada do INCRA (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Reprodução/TV Globo)
247 - O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) uma dívida de R$ 147 milhões referente a desapropriação de uma fazenda improdutiva com cerca de 2 mil hectares em Nova Bandeirantes (MT), em meados dos anos 90, pertencente ao procurador aposentado do Ministério Público do Paraná Agenor Dallagnol, pai do ex-coordenador da Operação Lava Jato e potencial candidato ao Senado Deltan Dallagnol (Podemos). Segundo o site De Olho nos Ruralistas, outros familiares de Deltan, como irmãos e sobrinhos, também figuram no processo.
O site aponta que a família Dallagnol figura entre os proprietários da Gleba Japuranã, com mais de 36 mil hectares divididos em dezenove fazendas no Mato Grosso. “A solução para dar lucratividade para aquelas terras é assinada pelo irmão de Agenor, Xavier Dallagnol, advogado radicado no Mato Grosso e o responsável pelas questões jurídicas da família no estado. Ele assinou contratos de comodato com a direção de um movimento chamado A Terra é Nossa, em 1998, para assentar 700 famílias na gleba, ressalta a reportagem. Em seguida, a família teria ingressado na Justiça pedindo a desapropriação da área e a respectiva indenização.
Em sua defesa, o Incra apontou valores inflados que foram pagos a cada um dos contratos excluindo do cálculo fatores de redução como devastação ambiental e ancianidade. “O próprio Agenor já recebeu mais de R$ 8 milhões, valor que o Incra tenta recuperar em processo atualmente em tramitação na Justiça Federal”, ressalta um trecho do texto da reportagem.
Fonte: BRASIL 247
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