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quinta-feira, 30 de junho de 2022

PF apura denúncias de superfaturamento nos gastos de Bolsonaro com propaganda


A Polícia Federal instaurou inquérito a partir de representação do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e do senador Jorge Kajuru (Podemos-GO)

O deputado Elias Vaz.Créditos: Divulgação/PSB
Escrito en POLÍTICA el 29/6/2022 · 21:47 hs


O governo de Jair Bolsonaro (PL) está às voltas com um novo escândalo. A Polícia Federal (PF) decidiu instaurar inquérito para investigar superfaturamento nos gastos do Executivo com propaganda. O Inquérito Policial 2022.0030159 está nas mãos do delegado José Augusto Campos Versiani.

A apuração é resultado de uma representação feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) ao Ministério Público Federal (MPF), em outubro de 2021.


Vaz e Kajuru identificaram gastos milionários para a elaboração de vídeos por inúmeras empresas contratadas pelo governo Bolsonaro.

O deputado afirmou que “as irregularidades vão desde a cobrança de serviços que não foram prestados, passam por altos salários e número elevado de profissionais, equipamentos pagos e que não foram utilizados e o pagamento de valores muito acima dos de mercado”, relatou Vaz à coluna Radar, na Veja.

“É dinheiro público usado de forma indevida, enquanto o povo sofre para colocar comida na mesa. O correto seria que os responsáveis devolvessem os recursos para os cofres públicos”, acrescentou o deputado.
Até maio, Bolsonaro torrou R$ 8,8 milhões no cartão corporativo

Nos primeiros cinco meses do ano eleitoral de 2022, Bolsonaro havia batido recorde no uso do cartão corporativo e acumulava R$ 8,8 milhões, no período, em despesas a serem pagas pela União. O valor ultrapassava em R$ 2,1 milhões o montante gasto no mesmo período de 2021.

Os gastos com cartão corporativo por Bolsonaro são os maiores desde que assumiu o poder: em 2019, ele gastou R$ 4,8 milhões e em 2020, R$ 7,9 milhões, no mesmo período.

Em 35 dias, do início de abril a 5 de maio, Bolsonaro gastou nada menos do que R$ 4.208.870,16. O valor é pouco menor do que o já registrado de janeiro a março, que foi de R$ 4.649.448,66.

“Enquanto você luta para garantir comida na mesa, Bolsonaro está torrando milhões com cartão corporativo. E tudo indica que ele está usando o cartão para participar de motociatas, campanha ilegal, fora de época. Com dinheiro público”, denunciou Elias Vaz, que tem feito um pente fino nos gastos do Planalto.


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