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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta sexta-feira (12) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que abra novo inquérito para investigar a contratação de pastores evangélicos no gabinete do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e a veiculação de um vídeo no Youtube em que ataca seus adversários.
A Folha revelou no mês passado que Feliciano emprega no gabinete cinco pastores de sua igreja evangélica que recebem salários da Câmara sem cumprir expediente em Brasília nem em seu escritório político em Orlândia (SP).
Além disso, em março, Feliciano divulgou em sua conta no Twitter um vídeo, endossado pela produtora de um de seus assessores, com críticas aos que se opõe a sua eleição à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Sob o título "Pastor Marco Feliciano renuncia", o vídeo, de quase nove minutos, foi publicado na conta no Youtube da produtora Wap TV Comunicação, que tem, entre seus donos, Wellington Josoé Faria de Oliveira, o Well Wap.
No documento encaminhado nesta sexta-feira, a Procuradoria acata queixa-crime protocolada pelos deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), Érica Kokay (PT-DF) e Domingos Dutra (PT-MA), que acusam Feliciano de difamá-los. Gurgel diz que vê "existência de indícios da prática de crimes" por parte do deputado em ambos os casos.
"A fim de melhor investigar os fatos noticiados, o procurador-geral da República encaminha os autos do procedimento administrativo [...] para que sejam autuados como inquérito originário perante esta Corte", afirma Gurgel.
O procurador-geral também pede que a Corte determine que a Câmara informe se Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira de fato trabalham no gabinete de Feliciano.
Gurgel determinou ainda que sejam ouvidos os representantes da WapTV e que o deputado seja interrogado.
Fonte: FOLHA DE SP
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