Nova comissão deverá supervisionar as atividades financeiras da instituição religiosa
Do R7, com EFE e AFP
Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, foi afastado pelo papa
Agência Brasil/Wikimedia Commons
O papa Francisco substituiu parte da comissão de cardeais criada por seu antecessor, Bento 16, para supervisionar o IOR (Instituto de Obras da Religião), o Banco do Vaticano, e entre os afastados está o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer.
O escritório de imprensa do Vaticano informou nesta quarta-feira (15) a decisão do papa de renovar esta comissão, apesar de Francisco ter nomeado em junho uma comissão especial para estudar a reforma do banco do Vaticano.
Bento 16, em fevereiro de 2013, tinha renovado a comissão por um quinquênio, mas hoje Francisco introduziu mudanças entre seus membros, com exceção do presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, Jean-Louis Tauran, que seguirá fazendo parte deste organismo.
Além de Scherer, foram afastados o indiano Telesphore Toppo e os italianos Domenico Calcagno e Tarcisio Bertone, ex-secretário de Estado do Vaticano que foi muito criticado por sua gestão da Cúria Romana.
Os novos membros serão o novo secretário de Estado do Vaticano, o italiano Pietro Parolin, o austríaco Chrstoph Schönborn, o canadense Thomas Christopher Collins e o espanhol Santos Abril y Castelló. A comissão, explica o IOR em seu site, reúne-se um mínimo de duas vezes ao ano para examinar as contas, que são auditadas externamente aplicando os padrões internacionais de contabilidade.
Entre suas funções está a de examinar relatórios sobre processos de negócios importantes e a estratégia apresentada pelo presidente do Conselho de Superintendência. Além disso, supervisiona a adesão às normas estatutárias e nomeia os membros do Conselho de Superintendência.
A nova comissão permanecerá no cargo por cinco anos.
Escândalo financeiro
Uma investigação da procuradoria de Roma revelada pela imprensa mostrou que por algumas das 19 mil contas do banco, que pertencem tanto a religiosos como laicos que trabalham no Vaticano, transitou dinheiro de origem duvidosa.
Um grupo de especialistas apresentará seu primeiro relatório no curso de uma reunião programada para fevereiro dos oito cardeais que assessoram o papa na reforma da máquina administrativa do Vaticano.
Francisco não descartou fechar o banco, se ele não puder ser reformado.
Fonte: R7
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