Organização é suspeita de manter
rede de pedofilia a Austrália
Crianças aos cuidados de uma organização cristã australiana foram "alugadas" para pedófilos, segundo denunciou uma testemunha perante a comissão que investiga os abusos sexuais de menores cometidos em instituições do país.
A comissão, que analisa a gestão do "Exército de Salvação" em quatro de seus centro entre 1966 e 1977, se centrou no lar de Bexley, no subúrbio de Sydney, onde a polícia investiga supostos abusos a menores desde 1990.
O inspetor Rick Cunningham explicou o caso de um homem, identificado como F.V., que em 1974 denunciou à polícia como o superintendente de Bexley, Lawrence Wilson, o apresentou a uma mulher vestida com o uniforme da organização acompanhada de um homem.
O casal levou para casa a então criança e a estupraram, uma agressão que F.V. denunciou a Wilson, que ignorou a queixa e castigou várias vezes o menor como represália, declarou Cunningham segundo a rede "ABC".
Quando perguntado por advogados do "Exército da Salvação" sobre a existência de uma rede de pedofilia no abrigo, Cunningham disse que "a informação é que vários ex-moradores que iam para casa nos finais de semana, recebiam visitas em Bexley".
As provas dadas por F.V. derivaram em uma acusação contra Wilson por sodomia, agressão comum e ataque indecente, acusações das quais foi desculpado em 1997, 11 anos antes de sua morte.
A comissão também acusou trabalhadores da organização cristã e internos de maior idade de abusar sexualmente de internos mais jovens.
A criação desta comissão foi anunciada em novembro de 2012 depois que a polícia de Nova Gales do Sul acusou a Igreja Católica de encobrir casos de pedofilia supostamente organizados, tentar silenciar as investigações e de destruir provas cruciais para evitar processos judiciais.
A comissão de seis membros começou as audiências em abril e deverá emitir um relatório no final de junho, antes de concluir seu trabalho em dezembro de 2014.
Com informação das agências.
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