Afastamento das religiões coincide com progresso econômico do país
Estudo do instituto chileno Latinobarómetro mostra que entre 1995 e 2013 o secularismo acelerou o seu ritmo no Uruguai. O número de ateus, agnósticos e sem religião subiu de 18% da população em 1996 para 38% em 2013 — a diferença é de 20 pontos percentuais. No mesmo período a população de católicos caiu de 60% para 41%. Houve, portanto, a queda de 19 pontos percentuais.
O instituto comparou o Uruguai a países europeus desenvolvidos onde a população tem se distanciado nos últimos anos de maneira expressiva das religiões. Quatro em cada dez uruguaios são agnósticos.
O Uruguai é o país mais democrático da América Latina e um dos mais desenvolvidos da região, na avaliação do estudo.
O Chile se destaca na América Latina como o segundo país onde a secularização tem mais avançado, ainda que o ritmo não seja tão forte quanto o do Uruguai.
No país, o número de ateus, agnósticos e sem religião aumentou de 10% em 1995 para 25% em 2013 — a diferença é de 15 pontos percentuais. No mesmo período, os católicos caíram de 74% para 57%.
No Chile, a secularização é um processo recente. Até duas décadas atrás, não havia no país a tradição do agnosticismo, diz o estudo. Nesse período, o catolicismo deixou de ser a religião dominante.
No Chile, o crescimento econômico coincide com o avanço da secularização, indicando que aquele fenômeno leva a esse.
Trata-se de uma das poucas teses de Karl Marx que não tem sido questionada, afirma o estudo “Religiões em tempo do papa Francisco”. “Esse processo de transformação ainda não se verificou nos demais países da América Latina.”
O estudo conclui que o papa Francisco não tem conseguido conter na América Latina a debandada de fiéis da Igreja Católica para cultos evangélicos.
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