Sem deixar de acreditar em Deus,
americanos se libertam das religiões
A chamada “hipótese da secularização” — quanto mais a pessoas aumenta seu nível de escolaridade menos aparece à igreja — ocorre já há alguns anos em países europeus, mas não nos Estados Unidos. Lá, a frequência aos cultos vinha se mantendo inalterado, apesar de haver um avanço na educação formal da população.
Contudo, a Universidade de Louisiana acaba de divulgar um estudo indicado que os Estados Unidos, nessa relação escolaridade-religião, deixará de ser exceção.
O estudo constatou que o americano que estender por mais anos sua escolaridade apresenta a tendência de participar menos de serviços religiosos, com a probabilidade de rezar menos. O estudo chama isso de “efeito negativo”.
Pessoa com apenas um ano adicional de escolaridade também crê menos em superstições, como no poder de amuleto da sorte (pés de coelho, trevo de quatro folhas), além de não levar a sério o horóscopo.
Apesar disso, na avaliação de analistas consultados pelo The Washington Post, não é adequado, em termos de “hipótese da secularização”, comparar os Estados Unidos com países europeus.
Nos EUA, há separação constitucional entre Estado e Igreja, e os que religiosos têm feito é tentar influenciar as decisões das várias instâncias de governo. Na Europa, Estado e Igreja estavam historicamente mais próximos entre si, e, por isso, o movimento secular teve de se fortalecer para demarcar uma linha separatória, conseguindo avanços, e agora tenta tirar as religiões do espaço público.
De qualquer forma, nos Estados Unidos, onde a crença em um ser divino tem permanecido firme, tem aumentado nos últimos anos o número de pessoas que não precisam de uma igreja para adorar a Deus.
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