Numa propaganda do PT, atinente à candidatura da Dilma, vi a Kátia Abreu - isto mesmo, aquela radical defensora dos latifundiários e crítica impiedosa do Partido dos Trabalhadores -dando apoio à Presidenta.
A Senadora (desculpe, eu quis dizer bandeou-se, isto é, mudou de bando), para desespero dos articulista e leitores fiéis da Veja, admiradores da política tradicionalmente conservadora, confirmando o entendimento de que importante, para os atores da política nacional, é estar no poder, para mamar, sendo "esquerda" e "direita" apenas rótulos que servem para discernir quem está e quem não está com as tetas à disposição.
Ideologia, dizia Cazuza, eu quero uma pra viver ...
A Senadora (desculpe, eu quis dizer bandeou-se, isto é, mudou de bando), para desespero dos articulista e leitores fiéis da Veja, admiradores da política tradicionalmente conservadora, confirmando o entendimento de que importante, para os atores da política nacional, é estar no poder, para mamar, sendo "esquerda" e "direita" apenas rótulos que servem para discernir quem está e quem não está com as tetas à disposição.
Ideologia, dizia Cazuza, eu quero uma pra viver ...
Fiquei boquiaberto com a falta de vergonha (tal palavra existe no dicionário político?) de ambos os lados e reforcei a conclusão a que cheguei já há um bom tempo: a democracia e o sistema representativo brasileiro (assim como os outros mundo afora), são simplesmente teatrinho.
Existem dois "partidos" no mundo: os judeus que dispõem de capital e mandam e os outros (goys) que são chamados a obedecer, se tiverem juízo. Os judeus mandam inclusive na Igreja Católica - aliás derivada do judaísmo - nos cultos petencostais e em tantos outros que até acreditam nos mesmos patriarcas, embora dizendo-se "cristãos"- dentre outras tolices.
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Que vergonha, senadora Kátia Abreu!
No dia 12 de agosto a senadora Kátia Abreu postou em sua página oficial do Facebook a seguinte mensagem e foto:
A presidente Dilma Rousseff sempre manteve as portas abertas para todos os setores. Ela comprova que oferecer políticas adequadas, construídas a partir do diálogo, é fundamental para promover o crescimento do País. Por isso, o meu apoio incondicional para presidente do Brasil é para Dilma, a mulher que seguiu mudando o Brasil e agora também vai nos ajudar a transformar o nosso querido Tocantins.
Que papelão, dona Kátia! Portas abertas? Estamos falando da mesma pessoa, a presidente Dilma, aquela que é conhecida por sua arrogância e sua agressividade em reuniões? Aquela que se reúne com 30 grandes empresários e acha que isso é “escutar o mercado”? Aquela que usou o BNDES para a seleção dos “campeões nacionais” e acabou produzindo um fenômeno como Eike Batista, fazendo ainda com que os grandes empresários “investissem” em lobby em vez de produtividade?
Políticas adequadas por meio de diálogos? Só se for o “diálogo” dela com ela mesma em frente a um espelho! Que políticas adequadas foram essas, que trouxeram nossa economia à beira do abismo, com estagnação do crescimento e elevada inflação, além de setores importantes totalmente desorganizados e com rombos bilionários?
Seu apoio é “incondicional”, senadora? Quer dizer que não importa a quantidade de “malfeitos” que vêm à tona, os infindáveis escândalos, a aliança com o que há de mais nefasto na geopolítica, que Dilma poderá contar sempre com seu entusiasmado apoio?
Dilma, a mulher que mudou o país? De fato, mas para pior! Ou a senadora acha que as coisas vão bem por aqui? Quer defender o voto em Dilma para “continuar mudando”? Até chegarmos no modelo argentino ou venezuelano? É isso que o Brasil precisa?
Senadora, compreendo seu medo de Marina Silva, agora a provável candidata após a trágica e infeliz morte de Eduardo Campos. Compreendo, ainda, os limites da política partidária nesse país, e sua dificuldade em compor com o PSDB de Aécio Neves, caminho natural para alguém que sempre defendeu o que a senhora defendeu em seus discursos, artigos e mesmo prática política.
Mas não posso aceitar ou perdoar uma traição dessas! Saiba que muitos brasileiros de direita, defensores da propriedade privada, inclusive rural, que combateram sempre a ameaça socialista, os invasores do MST, as lideranças “indígenas” que colocam em risco muitas fazendas, tinham em sua pessoa uma esperança. Alguns chegavam a imaginá-la uma espécie de Thatcher tupiniquim.
Como defendê-la agora? Como explicar para essa gente toda suas palavras e ações? Como dizer que aquela Kátia Abreu, outrora uma firme combatente em nome do capitalismo e da economia de mercado, debandou-se para o lado de lá, apoiando com tanta paixão um partido golpista, do Foro de São Paulo, camarada da ditadura cubana, irmão dos invasores do MST?
Eu não consigo, confesso. Posso apenas lamentar profundamente sua guinada rumo ao que há de pior na política nacional. O Brasil continua em busca de uma estadista…
Rodrigo Constantino
Fonte: VEJA
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