Rajini Vaidyanathan - BBC News, Washington
Gurdit Singh trabalha na Disney desde 2008
Um carteiro da religião sikh que trabalhava na Disney World venceu uma batalha legal contra o parque da Flórida alegando que foi obrigado a trabalhar longe do público para que ninguém visse seu turbante e barba.
Os advogados de Gurdit Singh afirmaram que ele tinha sido segregado pois, segundo a Disney, ele violava "a política de aparência".
A Disney agora afirma que Singh pode entregar a correspondência em todas as rotas do parque, no meio do público e de outros funcionários.
A companhia diz que não faz discriminação religiosa.
Singh, que trabalhava no parque temático desde 2008 sem ser visto pelos visitantes, afirma que esta "muito agradecido" à Disney pela mudança.
"Minha esperança é que esta nova política abra as portas para mais sikhs e outras minorias religiosas para praticar sua fé livremente aqui na Disney", afirma.
"Meu turbante e barba servem como um lembrete constante de meu compromisso com minha fé. Lembram que somos todos iguais. Não é apenas um valor dos sikhs, é um valor americano."
'Traje necessário'
Gurjot Kaur, uma advogada que trabalha para a Coalizão Sikh, afirmou que Singh tentou um emprego na Disney pela primeira vez em 2005 e foi informado que teria que trabalhar limpando o estacionamento ou na cozinha.
"O entrevistador indicou que ele não poderia trabalhar na frente dos visitantes por causa de seu turbante e da barba", informaram os advogados de Singh.
Singh não aceitou este emprego e tentou novamente em 2008, inicialmente para trabalhar como porteiro.
Apesar de sua grande experiência no stor, Kaur afirmou que seu cliente não conseguiu o emprego "pois seu 'traje' não combinava com o 'traje' necessário". Singh interpretou a palavra "traje" como se referindo a seu turbante e barba.Disney voltou atrás e liberou trabalho de Singh em outras rotas do parque
Violação de direitos
Em maio, os advogados da União Americana de Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) e da Coalizão Sikh, um grupo de defesa da religião, escreveram para a Disney afirmando que estavam preocupados com a conduta do parque em relação a Singh.
Eles afirmam que ele foi designado apenas para uma rota de entregas que o mantinha longe dos clientes enquanto outros funcionários recebiam serviços nos quais ficavam visíveis para todos.
Os advogados argumentaram que isto era "específico, por causa de sua aparência racial/étnica e religiosa", e uma violação de seus direitos civis.
Em resposta, a Disney colocou Singh em todas as outras rotas e afirmou que foi uma "escolha comprometida com a diversidade e que proíbe a discriminação baseada em religião".
Singh continua com seu emprego na Flórida, entregando a correspondência no parque, e afirma que está feliz com seu emprego.
Fonte: http://www.bbc.com/
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