Concordo com o Boff, mas não se pode esquecer que o maior banditismo de toda a história ainda, é de longe, o da Igreja que o ex-padre dominicano integrou. Nenhuma outra religião foi mais algoz dos oponentes e até dos descrentes (ou "duvidantes") do que a ICAR.
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'Cunha é ambicioso,
manipulador e sem
qualquer sentido ético'
Eduardo Cunha (na charge ao lado), presidente da Câmara dos Deputados, é um “bandido político” que está tramando impor sua agenda conservadora (ainda mais) ao Brasil, propondo ao final de seu mandato a instituição do parlamentarismo, com ele no posto de primeiro-ministro.
A afirmação é do teólogo católico Leonardo Boff, que em uma entrevista mostrou estar preocupando com o avanço do conservadorismo dos fundamentalistas evangélicos, corrente à qual Cunha pertence. O deputado federal pelo PMDB do Rio está ligado à Assembleia de Deus.
O teólogo afirmou que o “sedutor” Cunha é extremamente perigoso porque “não respeita lei nenhuma, tem dezenas de processos de corrupção contra ele, é um manipulador e sempre consegue prolongar sua vida política.”
“É alguém que não tem nenhum respeito à Constituição e atropela normas do Congresso como bem entende. É uma pessoa extremamente ambiciosa, manipuladora, inescrupulosa, sem qualquer sentido ético e um fundamentalista religioso conservador e de direita”.
Afirmou que é por isso que um jornalista da Globo chama Cunha como “a coisa má”.
Boff disse ainda que as bancadas evangélicas fundamentalistas da Câmara dos Deputados e de Câmaras de vereadores em todo o país são legítimas porque chegaram ao poder pelo voto. Mas, acrescentou, elas têm comportamento ilegítimo na medida em que tentam impor à toda sociedade sua visão sobre família, ética individuais e pública.
“Eles [os integrantes das bancadas fundamentalistas] querem impor a sua opinião como única e verdadeira e difamar e combater pelos púlpitos qualquer alternativa”, disse.
Para Boff, os fundamentalistas precisam ser enquadrados na democracia por intermédio da aplicação da Constituição. Isto porque se trata de “pessoas autoritárias e destruidoras de qualquer tipo de consenso que nasce do diálogo”.
Falou que a ofensiva da direita não ocorre só no Brasil porque é um “processo de rearticulação mundial”.
Com organização e financiamento do Pentágono, “o avanço da direita está acontecendo também nos Estados Unidos, na Europa, em toda a América Latina”.
“A história já mostrou que, depois que a direita se organiza, surgem fenômenos de caráter fascista e nazista, surgem regimes autoritários que buscam impor ordem e disciplina.”
Disse que é interesse dos Estados Unidos ter o Brasil como um país subordinado, e não como um líder na América da Sul.
Boff também falou que está decepcionado como o atual governo petista, porque Dilma, durante a campanha eleitoral de seu segundo mandato, prometeu uma coisa e agora está fazendo outra, aderindo ao neoliberalismo.
“Ela dizia que nem que a vaca tussa iria mexer em direitos, e a primeira coisa que fez foi mexer no seguro desemprego e nas pensões.”
Com informações do Adital, via http://www.paulopes.com.br/
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