16.05.2019 às 18h38
Conrad Black
Scott Olson/Getty Images
Conrad Black, em tempos proprietário de alguns dos mais influentes orgãos de comunicação na área conservadora, tinha garantido que não estava a pensar receber um perdão presidencial
O
antigo barão de imprensa Conrad Black, um britânico de origem canadiana
que chegou a ser proprietário do "Daily Telegraph", um dos mais
importantes diários britânicos - e também do "Jerusalem Post" e da
revista "The Spectator", influente a outro nível junto das elites de
direita - foi perdoado pelo presidente Donald Trump. Em 2007, Black foi
condenado a mais de seis anos de cadeia por ter roubado a sua própria
empresa, tendo cumprido cerca de metade da pena.
A condenação foi
decidida num tribunal americano e quando Black saiu da cadeia foi
expulso dos Estados Unidos. O perdão agora concedido segue-se à
publicação, em 2018, de um livro em que Black elogia efusivamente a
presidência de Trump, um velho amigo seu. O livro intitula-se "Donald J.
Trump: A Presidency Like no Other" (Donald J. Trump: uma presidência
como nenhuma outra). Quando foi publicado, surgiram sugestões de que
Black tinha em vista conseguir um perdão de Trump, o qual é notoriamente
sensível aos elogios públicos que lhe fazem. Mas Black negou essa
interpretação.
"Esta irritante leitura errada por parte de
pessoas que não me conhecem, esta imputação de motivos, acho eu, é
desagradável. Nesta altura, não há qualquer ideia que seja de um
perdão", disse na altura.
Pela sua parte, Trump garantiu que o
perdão nada tem a ver com o facto conhecer Black ou de este o ter
elogiado, mas apenas com a circunstância de achar que os tribunais o
trataram de forma injusta, e com as suas "tremendas contribuições para a
economia, bem como para o pensamento político e histórico". O
britânico-canadiano escreveu obras de natureza histórica antes, depois e
durante o período em que esteve preso.
Black foi condenado por
roubar milhões à sua empresa, tendo gasto parte desse dinheiro em
despesas pessoais extravagantes que realizou juntamente com a sua
mulher. O título de Lord, que em 2001 lhe foi atribuído no Reino Unido a
instâncias do então primeiro-ministro Tony Blair, obrigou-o a renunciar
à cidadania canadiana.
Quando da sua condenação ele tentou
reavê-la, numa tentativa de cumprir a pena de prisão no Canadá, mas não
conseguiu. O perdão agora recebido, segundo o porta-voz do presidente,
foi em parte uma consequência de pedidos feitos nesse sentido por
pessoas que vão desde o antigo secretário de Estado Henry Kissinger até
ao cantor Elton John.
Entretanto, já foi confirmado que Black poderá voltar a sentar-se na Câmara dos Lordes britânica e participar nas suas votações.
Fonte: https://expresso.pt/internacional/2019-05-16-Ex-barao-de-imprensa-que-esteve-preso-por-fraude-e-perdoado-por-Trump-depois-de-o-elogiar-num-livro#gs.btpwgh
Entretanto, já foi confirmado que Black poderá voltar a sentar-se na Câmara dos Lordes britânica e participar nas suas votações.
Fonte: https://expresso.pt/internacional/2019-05-16-Ex-barao-de-imprensa-que-esteve-preso-por-fraude-e-perdoado-por-Trump-depois-de-o-elogiar-num-livro#gs.btpwgh
Nenhum comentário:
Postar um comentário