O progresso só se faz em detrimento das raças indígenas.
Sim, no Alto Amazonas, muitas raças de índios já desapareceram, entre outras os curicicurus e os solimaos.
No Putumayo, embora ainda possam ser encontrados alguns yuris, os yahuas abandonaram-no para refugiar-se em afluentes longínquos, e os maoos, já em pequeno número, deixaram as margens para andar sem rumo pelas florestas do Japurá!
Sim, o rio dos Tocantins está quase despovoado e há apenas umas poucas famílias de índios nômades na desembocadura do Juruá.
O Teffé está praticamente abandonado, e restam apenas alguns vestígios da grande nação umaua, próximo à nascente do Japurá.
O Coari foi abandonado. Existem poucos índios muras nas margens do Purus. Dos antigos manaos só restam famílias nômades.
À beira do rio Negro, Só podem ser citados mestiços de portugueses e índios, onde já foram contadas até vinte e quatro nações indígenas diferentes. É a lei do progresso. Os índios desaparecerão.
Diante da raça anglo-saxã, australianos e tasmanianos desapareceram.
Diante dos conquistadores do Extremo Oeste extinguiram-se os índios da América do Norte. Algum dia, provavelmente, os árabes serão dizimados diante da colonização francesa.
O texto é de autoria do famoso JÚNIO VERNE, na obra A jangada
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