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Taísa Medeiros
postado em 12/04/2022 21:50
O jurista Nelson Jobim criticou, em evento nesta terça-feira (12/4), o que chamou de "disfuncionalidade" dos poderes legislativo e judiciário do Brasil. A crítica foi feita durante debate no Seminário Unidos Brasil, realizado em Brasília. A ocasião reuniu parlamentares, autoridades, empresários e representantes da sociedade civil para debater melhoras para o setor empresarial.
Segundo o jurista, que tem no currículo experiência como ministro da Justiça e da Defesa, ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e deputado federal, a falta de funcionalidade estaria diretamente ligada a problemas de coesão na produção de regras. “No Congresso Nacional, você precisa formar maiorias. Como nós não temos nenhuma convergência geral titulada pelos partidos políticos, para se criar ou para se fazer a maioria e obter apreciação você recorre a ambiguidade do texto. A ambiguidade do texto e principalmente o uso na legislação de advérbios de modo é um instrumento para obter aprovação da norma e conseguir fazer a sua convergência”, destacou.
“Todos foram indicados pelo Presidente da República porque tinham relações diretas ou indiretas com o presidente. Alguns tiveram relação no decorrer da sua biografia. Essa tipologia nos leva a identificar condutas diferentes. Aqueles que foram com biografia, não precisavam do tribunal para fazer biografia. Os que não tinham, precisavam do Tribunal para fazer biografia".
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