Pedro Leandro Ricardo era reitor de uma basílica no interior paulista
O papa Francisco demitiu o padre Pedro Leandro Ricardo, de Americana (SP), por ser acusado de abuso sexual de ex-coroinhas na faixa de 11 a 17 anos.
Nota da Diocese de Limeira diz que Ricardo "não poderá mais exercer, válida e licitamente, o ministério sacerdotal".
Ele já estava afastado de suas atividades de reitor da Basílica de Santo Antônio, em Americana, desde início de 2019, quando a imprensa começou a revelar as denúncias do abuso.
A demissão é incomum porque, na maioria dos casos, a Igreja afasta os padres acusados de molestar sexualmente jovens, até o término de investigações internas, pelo direito canônico.
Ricardo responde a várias acusações
A pedido do Ministério Público, também se encontra em andamento sob sigilo um processo na Justiça comum.
Ricardo estaria disposto a recorrer de sua demissão da Igreja.
Há vários relatos sobre as suas supostas abordagens sexuais a jovens. Um professor, por exemplo, disse que, quando foi coroinha, o então padre pegou no seu pênis e o convidou para dormir na casa paroquial. O então jovem ficou abalado psicologicamente. Ele pretendia se tornar padre.
Stela Bezarra, funcionária pública e transsexual, contou à imprensa que sofreu abuso do padre entre 2005 e 2006. Na época ela se chamava Leandro e por causa dos abusos desistiu de entrar no seminário.
O caso de Ricardo faz parte dos chamados "escândalos da Diocese de Limeira", envolvendo o bispo Vilson Dias de Oliveira, acusado de desviar recursos da Igreja e acobertar pedofilia, abalando os fiéis do interior de São Paulo.
Em maio de 2019, o bispo pediu demissão — atendido prontamente pelo Vaticano
Na época, a Diocese dificultou a divulgação das denúncias em relação ao padre e ao bispo, mas teve de obedecer nova orientação do Vaticano para que nada ficasse encoberto.
> Com informação da Folha, G1, deste site e de outras fontes e foto de reprodução.
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