(...) proletário – indivíduo que deixa prole.
É ele – o miserável, o inferior, o explorado – que faz prole e garante, pela sua descendência forte, a conservação da nacionalidade. No entanto, ele é o miserável; em condições normais, se o parasitismo das classes exploradoras não as debilitasse, deveriam elas proliferar muito mais que o proletário. Todo o conforto é para elas; mas nada compensa a decadência provocada pelo regime parasitário.
Sob o ponto de vista social e político propriamente dito, este fato – o renovamento das classes superiores às custas de elementos provindos das camadas inferiores e da conservação das nações alimentadas por estas Últimas – sugere considerações bem interessantes.
Por ora, limitemo-nos a registrá-lo; ele nos demonstra sobejamente o quanto o parasitismo social é pernicioso, sobretudo aos grupos parasitas.
MANOEL BOMFIM - A América Latina - Males de origem
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