Três padres da Diocese de St Andrews e de Edimburgo e um ex-sacerdote acusam o cardeal Keith O'Brien (foto), 74, chefe da Igreja Católica da Escócia, de “atos impróprios” cometidos há mais de 30 anos.
Um dos padres disse que O'Brien promovia orações noturnas para “ter contatos inapropriados”. Outro afirmou ter sido vítima de atenções “não desejadas”.
Um sacerdote admitiu que teve um “relacionamento inadequado” com O'Brien por algum tempo e que, em consequência, teve de se submeter a um longo tratamento psicológico.
Todos os padres afirmam que O'Brien é carismático e controlador e que não se constrange em usar o poder que tem na hierarquia católica para se impor.
Os sacerdotes formalizaram sua denúncia ao Vaticano no dia 11, portanto uma semana antes de o papa Bento 16 anunciar a sua renúncia ao pontificado.
O'Brien nega as acusações. Ele será um dos cardeais que vão compor o conclave para eleger o novo papa.
Os padres denunciantes querem que a Igreja afaste O'Brien de suas atividades, mas pelo menos um deles tem dúvidas de que isso possa ocorrer. “[A Igreja] tem tendência de cobrir e proteger o sistema a todo o custo", disse ele.
"A Igreja tem um lado escuro e isso tem a ver com a sua responsabilidade. Se o sistema precisa de ser melhorado, talvez haja necessidade de ser um pouco desmantelado", afirmou o padre, conforme relato do jornal britânico The Guardian.
O'Brien vai se aposentar nos próximo mês, após o conclave. Ele tem se destacado como ferrenho opositor à concessão de direitos as homossexuais, como adoção de crianças. Para ele, a homossexualidade é imoral.
Recentemente, ele afirmou que casamento entre pessoas do mesmo sexo é "prejudicial para a saúde física, mental e espiritual bem-estar de todos os envolvidos ".
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