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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quatro muçulmanos morrem em Bangladesch em ato contra ateus

Curioso é que, quando ocuparam a Europa (Espanha, principalmente), os islamitas foram considerados muito mais tolerantes do que os cristãos, por vários historiadores.

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Fundamentalistas tentaram impedir
jornalistas de filmar a manifestação

Quatro pessoas mortas e mais de 200 feridas, incluindo jornalistas. Esse foi o saldo dos confrontos hoje em Daca, Bangladesch, entre a polícia e muçulmanos que querem pena de morte aos blogueiros ateus acusados de blasfêmia. 

Os confrontos ocorreram no centro da cidade, próximo de uma mesquita. Os manifestantes atacaram com tijolos e pedaços de madeiras os policiais, e estes reagiram com disparos de balas de borracha e bomba de gás lacrimogêneo. 

"A violência se espalhou em uma grande área da cidade, com a fumaça dos veículos em chamas tomando o céu", disse uma testemunha.

Houve em várias cidades manifestações convocadas pelo partido JL (Jamaat-e-Islami), entre outros, com o propósito de cobrar do governo e da Justiça mais empenho contra os ateus que, segundo os radicais, estão usando a internet para ofender Maomé.

Na cidade portuária de Chittagong, os confrontos também foram violentos, como em Dacar. A polícia teve de disparar balas de borracha contra milhares de manifestantes.

Na semana passada, o blogueiro Ahmed Rajib Haider foi assassinado a facadas por supostos fundamentalistas islâmicos. Os ateus revidaram em blogs com críticas ao Islã e a Maomé, o que deixou os fundamentalistas furiosos.

Ao final da tarde, as autoridades policiais comunicaram que a situação estava sob controle.

Na avaliação de analistas, o JL aproveitou as críticas dos ateus para tumultuar o país porque, no começo do mês, Abul Quader Mollah, um dos seus líderes, foi condenado à prisão perpétua por ser o responsável por assassinatos em massa durante a guerra de 1971 no Paquistão Oriental.

Independentemente disso, em Bangladesh qualquer manifestação de descrentes pode ser enquadrada na lei de blasfêmia, com pena de prisão. 


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