Milhares protestam contra direitos LGBT em Porto Rico
Manifestantes temem que mudanças na legislação para proteger casais do mesmo sexo discriminem a igreja | Foto: Divulgação/@YoDash
Mais de 200 mil cristãos marcharam contra os direitos LGBTs em Porto Rico nesta segunda-feira (18), no que foi a maior manifestação desse tipo na ilha, que é território dos Estados Unidos. Milhares de porto-riquenhos pararam o trânsito na capital San Juan, defendendo o “casamento tradicional” e protestando contra a garantia de direitos aos casais do mesmo sexo.
Alguns manifestantes protestaram inclusive contra a ideia de proteger os casais homoafetivos de violência. Alguns senadores na ilha pretendem aprovar uma emenda na lei da violência doméstica para tornar a legislação aplicável a todos os casais, heterossexuais ou não.
“É uma questão de justiça que todos os cidadãos tenham acesso igualitário à proteção contra agressão, intimidação e violência doméstica em seus relacionamentos”, afirmou o senador Luis Vega Ramos. Os manifestantes, que marcharam cantando músicas evangélicas e carregando grandes cartazes, alegam que a mudança na legislação pode ser discriminatória contra a igreja.
“Tememos que leis serão criadas para discriminar a igreja… E que a educação pública será usada para mudar nossas crianças, apresentando para elas comportamentos que seus pais não acham correto”, afirmou o Pastor Cesar Vazquez Muñiz, porta-voz da organização Porto Rico pela Família. “A manifestação mostra ao governo que há coisas que ele não pode tocar, o casamento e a família”.
Senadores também introduziram mudanças na legislação que proibiram discriminação por orientação sexual em questões de emprego e moradia. Mas os manifestantes são contrários a essa iniciativa e acreditam que há assuntos mais importantes para os políticos trabalharem.
A manifestação ofendeu membros da comunidade LGBT da ilha. Algumas pessoas organizaram um pequeno contraprotesto, que não foi muito repercutido. Alguns senadores porto-riquenhos já expressaram sua oposição ao casamento igualitário, mas ainda assim advogam proteção para os casais do mesmo sexo.
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