DA ASSOCIATED PRESS, EM CAMBRIDGE (EUA)
Uma start-up de Massachusetts (EUA) está lançando um novo dispositivo que transforma praticamente qualquer bicicleta em um veículo elétrico híbrido usando um app para controlá-la com um smartphone.
O dispositivo, chamado de Copenhagen Wheel (roda de Copenhague), é instalado como uma parte do cubo de uma roda traseira de bicicleta e é equipado com um computador próprio, baterias e sensores que monitoram quanta força está fazendo o ciclista e ativa seu motor sempre que ajuda é necessária.
A roda usa conexão sem fio para se comunicar com o celular do usuário e monitorar a distância percorrida e a elevação acumulada (a altura das subidas vencidas), para compartilhar com os amigos a quantidade de calorias queimadas e travar a roda traseira remotamente assim que seu dono se afasta da magrela.
"O motor se integra ao movimento do ciclista de maneira muito, muito imperceptível", disse Assaf Biderman, co-inventor do dispositivo no laboratório SENSEable City, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), onde é um diretor associado. "É quase como ter uma companhia para pedalada, deixando-a mais fácil e simples."
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A roda equipada com motor elétrico comandado por smartphone custa US$ 699
A combinação da força motriz da Copenhagen Wheel e a do ciclista pode fazê-lo pedalar "quase como um atleta do Tour de France" em sua ida ao trabalho diária, diz Biderman, que fundou a Superpedestrian, baseada em Cambridge, Massachusetts (cidade do MIT e da Universidade Harvard), que licenciou de maneira exclusiva a tecnologia.
A Copenhagen Wheel tem potência suficiente para impulsionar um ciclista a até 60 km/h, mas desenvolvedores puseram limites eletrônicos para que a velocidade estivesse abaixo do permitido, que desligam o motor assim que o usuário atinge a velocidade de 32 km/h nos EUA ou de 25 km/h na Europa.
O conceito teve inspiração em uma pergunta simples: "Como podemos fazer mais pessoas pedalarem?", conta Biderman.
O projeto recebeu financiamento do Ministério do Meio Ambiente da Itália e do prefeito de Copenhague, capital dinamarquesa conhecida como uma das cidades mais amigáveis aos ciclistas no mundo, e cuja secretaria de turismo diz que 55% dos residentes pedalam um acumulado de 1,2 milhão de km todos os dias.
As primeiras 1.000 unidades da roda foram todas encomendadas por meio de pré-venda no site da Superpedestrian no começo deste mês. Depois de duas semanas, pelo menos 810 haviam sido vendidas por US$ 699 cada (cerca de R$ 1.632), com a maioria dos compradores situados nos EUA. Outros pedidos foram enviados à Europa, à Austrália, ao Quênia, a Madagascar e outros. O envio deve ser realizado na próxima primavera (entre maio e junho no hemisfério norte).
A Copenhagen Wheel não substitui a bicicleta. Os consumidores ganham o dispositivo instalado em uma nova roda traseira que sirva em suas bikes --deve-se remover a roda original para a colocação da "turbinada". As baterias são recarregáveis.
A Copenhagen Wheel almeja adentrar um lucrativo e altamente concorrido mercado de bicicletas elétricas, também conhecidas como e-bikes.
Em um relatório divulgado recentemente, a companhia de consultoria em tecnologias ecológicas Navigant Research estimou que o faturamento global de bicicletas elétricas crescerá de US$ 8,4 bilhões para US$ 10,8 bilhões em 2020, alimentado em parte pelo desejo de uma alternativa viável para as crescentemente congestionadas ruas e rodovias que tornam o andar de carro menos atraente.
Nos EUA, a tendência é refletida por dados do Censo que mostra que o número de pessoas que vai ao trabalho pedalando cresceu 60% na década que terminou em 2010.
"Temos visto nos últimos anos uma renascença do ciclismo em todo o mundo", disse Biderman. "As pessoas estão buscando alternativas."
Fonte: FOLHA DE SP
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