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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Torcedor do Vasco preso por agressão era de igreja evangélica



Mãe espera que prisão posso trazer o filho desviado para “os pés do Senhor”

por Jarbas Aragão


 

Ainda repercutem as imagens das agressões entre torcedores do Vasco e do Atlético Paranaense no jogo de domingo na Arena Joinville. Uma das imagens mais populares nas redes sociais é a de um torcedor segurando uma barra de ferra com um prego na ponta.

Trata-se de Leone Mendes da Silva, 23 anos, conhecido como Curirim. Ele foi preso dentro do banheiro de um ônibus que levaria os vascaínos para o Rio de Janeiro. Agora vai responder junto com outros dois, por tentativa de homicídio, associação ao crime e incitação de violência.

Entrevistada pelo jornal Extra, a mãe de Leone, Cleuza Mendes da Silva, de 48 anos, conta que ele é barbeiro, dono de um salão em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Também é ex-saxofonista da banda da igreja evangélica local.

“Ele sempre torceu pelo Vasco, mas esse fanatismo aumentou com o tempo. Eu sempre falando: “Meu filho, larga isso de jogo, de torcida”. Mas nunca pensei que ele faria uma coisa dessas. Eu preciso que ele me explique o que aconteceu lá. Ele é um rapaz bom”, conta Cleuza.

A pessoa que ele ajudou a agredir ainda está no hospital. Leone continua detido na Penitenciária Regional de Joinville. A mãe, os parentes e os vizinhos dizem desconhecer essa faceta do jovem.

“Eu estou realmente surpresa. Ele foi aluno do meu marido, frequentou a minha casa e sempre foi uma ótima pessoa. Não sei o que aconteceu”, afirma uma vizinha que não quis se identificar.

Torcedores foram identificados por imagens feitas na Arena Joinville (Foto: Geraldo Bubniak/Agência Estado)

Os vizinhos da frente, incluindo um jovem que também pertence a uma torcida organizada do Vasco, afirma que Leone nunca criou problemas nas partidas que acompanhou.

Segundo o Extra, em agosto de 2011, Leone e outros seis homens foram presos com morteiros e pedras por causa de um confronto com os integrantes da Young Flu. Todos foram obrigados pela Justiça a permanecer oito meses longe dos estádios.

Sem saber o que ocorrerá com o filho, a afirmação da mãe é contundente: “Eu oro que isso sirva para ele voltar para os pés do Senhor e para mim. Também peço que o jovem ferido fique bem, para dar paz à mãe dele, que está sofrendo tanto quanto eu. Porque houve má organização, mas nós que sofremos”.


Fonte: GOSPEL PRIME

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