Simone Kafruni
Os aeroportos brasileiros passaram por muitas reformas nos últimos anos. Em vários deles, concedidos à iniciativa privada, as melhorias são evidentes para os passageiros. Nos bastidores, porém, a história é um pouco diferente, com sinais de sérios riscos à continuidade dos avanços. Concessionárias e empresas responsáveis pelas obras não estão honrando contratos e os calotes começam a aparecer.
Das seis concessões — Galeão (RJ), Viracopos (SP), Guarulhos (SP), Juscelino Kubitschek (DF), São Gonçalo do Amarante (RN) e Confins (MG) —, quatro apresentam problemas, uma está sendo administrada por uma companhia com as finanças comprometidas e, na outra, as obras ainda não decolaram.
A Aeroportos Brasil, operadora de Viracopos, em Campinas (SP), já foi autuada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por descumprir o prazo de entrega das ampliações previstas no primeiro ciclo de investimentos do contrato de concessão, cujo prazo foi encerrado em maio. A Inframerica, concessionária dos terminais de Brasília e de São Gonçalo do Amarante, não pagou em dia fornecedores do Distrito Federal do Rio Grande do Norte. O calote pode passar de R$ 100 milhões.
Em Confins, empresa contratada pela Infraero, antes da concessão, não concluiu as obras por falta de caixa. O consórcio de Guarulhos é administrado pela Investimentos e Participações S.A. (Invepar), companhia que sofre com um racha entre os sócios por conta do crescente endividamento. No Galeão, privatizado em agosto, a reclamação de clientes e passageiros é recorrente.
Dinheiro não deveria ser problema para as concessionárias. Todas obtiveram empréstimos generosos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que somamR$ 7,13 bilhões.
Os aeroportos brasileiros passaram por muitas reformas nos últimos anos. Em vários deles, concedidos à iniciativa privada, as melhorias são evidentes para os passageiros. Nos bastidores, porém, a história é um pouco diferente, com sinais de sérios riscos à continuidade dos avanços. Concessionárias e empresas responsáveis pelas obras não estão honrando contratos e os calotes começam a aparecer.
Das seis concessões — Galeão (RJ), Viracopos (SP), Guarulhos (SP), Juscelino Kubitschek (DF), São Gonçalo do Amarante (RN) e Confins (MG) —, quatro apresentam problemas, uma está sendo administrada por uma companhia com as finanças comprometidas e, na outra, as obras ainda não decolaram.
A Aeroportos Brasil, operadora de Viracopos, em Campinas (SP), já foi autuada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por descumprir o prazo de entrega das ampliações previstas no primeiro ciclo de investimentos do contrato de concessão, cujo prazo foi encerrado em maio. A Inframerica, concessionária dos terminais de Brasília e de São Gonçalo do Amarante, não pagou em dia fornecedores do Distrito Federal do Rio Grande do Norte. O calote pode passar de R$ 100 milhões.
Em Confins, empresa contratada pela Infraero, antes da concessão, não concluiu as obras por falta de caixa. O consórcio de Guarulhos é administrado pela Investimentos e Participações S.A. (Invepar), companhia que sofre com um racha entre os sócios por conta do crescente endividamento. No Galeão, privatizado em agosto, a reclamação de clientes e passageiros é recorrente.
Dinheiro não deveria ser problema para as concessionárias. Todas obtiveram empréstimos generosos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que somamR$ 7,13 bilhões.
Para as obras de São Gonçalo do Amarante, o financiamento foi de R$ 329 milhões. Para o Galeão, o banco de fomento aprovou, em agosto, um empréstimo-ponte de R$ 1,1 bilhão. Viracopos recebeu financiamento de longo prazo de R$ 1,5 bilhão, aprovado em dezembro de 2013. Guarulhos teve o maior empréstimo, de R$ 3,4 bilhões, aprovado em dezembro de 2013, já incluídos R$ 1,2 bilhão do empréstimo-ponte assinado em outubro de 2012. Para o aeroporto de Brasília, foram R$ 797,1 milhões aprovados em dezembro de 2013. De acordo com a assessoria do BNDES, “não há problemas com os repasses”.
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE
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