Enfermeira admite ter colocado agulhas em produtos à base de carne pré-embalados em supermercados no norte do país. Ela alega ter sido um protesto contra o abuso de animais.
Um tribunal na cidade de Lübeck, no norte da Alemanha, condenou nesta quinta-feira (28/05) uma mulher a dois anos de prisão por adulteração de alimentos. A ré, uma enfermeira de 60 anos, admitiu ter colocado agulhas dentro de uma série de produtos à base de carne em supermercados alemães próximos da fronteira com a Dinamarca.
Ela disse que usou agulhas de seu próprio kit de costura e as picou em bifes, filés e salsichas empacotados nos frigoríficos dos supermercados. "Estou triste por ter feito tantas pessoas se preocuparem", disse a mulher no tribunal. "Pensei que as pessoas não iam comer a carne quando vissem as agulhas."
A mulher estava manipulando produtos à base de carne por quase um ano, antes de ser presa em setembro. Embora não hajam relatos de ferimentos graves, dois clientes foram picados enquanto preparavam os produtos. Duas outras vítimas sofreram cortes, pois notaram os objetos afiados apenas na mastigação.
A sentença desta quinta-feira se refere a 14 casos de manipulação. Além da pena de dois anos de prisão, o juiz ordenou a mulher a participar de uma terapia ambulatória numa clínica psiquiátrica.
A mulher disse ao tribunal que decidiu colocar agulhas em carnes para protestar contra o abuso que animais sofrem em fazendas industriais. "Carne industrial está cheia de drogas e é criada em condições terríveis", disse ela durante uma audiência no tribunal no início do mês. "Eu só queria que as pessoas parassem de comê-la."
PV/afp/dpa, via http://www.dw.de/
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