Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



segunda-feira, 18 de maio de 2015

Por que "cifra negra"?

É preciso por fim à mania absurda e preconceituosa de tudo que é ruim ser ligado à cor  negra. Falar em  cifra negra para aludir aos crimes que não chegam ao conhecimento das autoridades e acabam impunes é mais um exemplo desse pernicioso hábito.
Tão absurdo quanto o verbo "judiar", que estigmatiza uma etnia, à qual a Igreja Católica sempre atribuiu culpa pela tortura e morte do criador do Cristianismo.
Não sei se foi a doutora Bisadamente e por vício de linguagem - utilizou a infeliz expressão,   ou se saiu do teclado do blogueiro que escreveu a matéria.Vinda de um, ou de outro, não perde o seu caráter preconceituoso e merece reflexão para  não ser repetida.

-=-=-=-=

Nove de cada 10 casos de abuso infantil cometidos não são denunciados em SC, segundo Ministério Público


Na data em que se lembra o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Infantil, 18 de maio, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) alerta para a conscientização da necessidade de denunciar os casos de crimes sexuais praticados contra crianças e adolescentes, já que a “Lei do Silêncio” é uma grande inibidora na luta contra a prática desse grave crime.

Segundo informações do Centro Operacional de Apoio da Infância e Juventude (CIJ), em 2014, o MPSC instaurou 1.673 processos/procedimentos criminais de violência sexual, cujas vítimas foram crianças e adolescentes. A coordenadora-adjunta do CIJ, Promotora de Justiça Bárbara Elisa Heise, explica que além desses dados estatísticos, o número de casos que continuam ocultos ainda são muito representativos.

Estudos indicam que as notificações correspondem a apenas 10% do total de casos reais e os 90% restantes representam a “cifra negra” dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Os motivos que levam à cumplicidade silenciosa dos envolvidos são vários. O coordenador do CIJ, Promotor de Justiça Marcelo Wegner, ressalta que o agressor faz a criança se sentir culpada e intimidada, com medo de piorar a situação ao fazer a denúncia. “Geralmente elas têm medo das ameaças feitas pelo abusador, prevalecendo a lei do silêncio”, comenta.

Outra atitude que também faz parte da denominada “Lei do Silêncio” é a conivência da família, a qual fica envolvida por sentimentos semelhantes de medo, vergonha, culpa e receio de denunciar.

O Promotor de Justiça enfatiza, ainda, que é preciso ficar atento a determinados comportamentos, os quais podem evidenciar a ocorrência de crimes sexuais. Ele destaca que existem indicadores físicos e emocionais a serem observados, como a mudança repentina de comportamento e humor, perturbação do sono, pesadelos, agitação, timidez excessiva, tristeza ou choro sem causa aparente, baixa autoestima e dificuldades de concentração e de adaptação na escola.

Wegner enfatiza que a sociedade tem um importante papel no processo de enfrentamento dos crimes sexuais e que existem meios seguros de notificar as autoridades da ocorrência de práticas de abusos. Segundo ele, o Disque 100 preserva a identidade do denunciante e efetua o encaminhamento, num prazo de 24 horas, à Polícia Civil, aos Conselhos Tutelares e ao Ministério Público.

O serviço de Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes funciona 24 horas, todos os dias da semana, e é gratuito. O serviço é coordenado e executado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Além do Disque 100, os casos também podem ser denunciados no Conselho Tutelar, na Polícia Militar, na Polícia Federal, na Polícia Rodoviária Federal e nas Delegacias da Polícia Civil. As situações de pornografia na Internet também podem ser denunciadas por meio dos sites www.disque100.gov.br ewww.safernet.org.br.

Como denunciar

As denúncias podem ser feitas por meio do Disque 100. A ligação é direta e gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia. Não é necessário se identificar e o serviço aceita também as denúncias de suspeitas.

– Por meio eletrônico – disquedenuncia@sedh.gov.br
– Por meio do Conselho Tutelar de sua cidade
– Polícia Militar, Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal
– Delegacias de Polícia Civil
– Escola, com os professores, orientadores ou diretores

– Os casos de pornografia na Internet podem ser denunciados em www.disque100.gov.br ou www.safernet.org.br.

Fonte: http://www.gazetadejoinville.com.br/

Nenhum comentário: