26.12.2017 às 10h42
A maioria das distopias futuristas que foram retratadas pela ficção-científica, literária e cinematográfica mostram um planeta inóspito, deserto, onde a vida natural foi devastada seja por pura exaustão ou por um desastre nuclear. Mas a biotecnologia pode conseguir que essas previsões terríveis não se tornem realidade.
Pablo Vidarte
A maioria das distopias futuristas que foram retratadas pela ficção-científica, literária e cinematográfica mostram um planeta inóspito, deserto, onde a vida natural foi devastada seja por pura exaustão ou por um desastre nuclear. Mas a biotecnologia pode conseguir que essas previsões terríveis não se tornem realidade. São muitos os cientistas e as empresas que lutam para encontrar fontes de energias limpas que permitam manter os fornecimentos que necessitamos e, ao mesmo tempo, não ameacem a integridade do planeta. Para além das já conhecidas energias solar, eólica e das tradicionais, abrem-se agora novas possibilidades com as tecnologias mais disruptivas. Uma delas é a proposta de um grupo de estudantes que inventaram um sistema para conseguir energia elétrica através das plantas. Javier Rodríguez, um estudante de Nanociência e Nanotecnologia da Universidade Autónoma de Barcelona e Pablo Manuel Vidarte e Rafael Rebollo, estudantes de Engenharia Multimédia da La Salle Universitat Ramon Llull, são os arquitetos desta ideia, oriunda da Arkyne Technologies, uma empresa que tem dois deles como cofundadores. A sua carta de apresentação é o Bioo Lite, um vaso que gera energia suficiente para carregar um smartphone através da porta USB que ele incorpora.
O sistema aproveita a matéria biológica que as plantas descartam durante a fotossíntese para obter energia a um custo mínimo. Na mesma linha, o seu novo produto é Bioo Pass Wifi, uma planta que oferece acesso imediato à Internet sem precisar de passwords, basta aproximar o telemóvel. O objetivo da Arkyne Technologies é inovar no campo das energias renováveis, onde ainda há um longo caminho a percorrer. Usando os seus sistemas, Vidarte e os seus parceiros asseguram que uns 100 metros quadrados de alface (para além de proporcionar umas boas saladas) seria suficiente para suprir as necessidades energéticas de uma casa de família. O espaço necessário seria muito menor se, em vez de uma vegetação baixa, contássemos com árvores. "A nossa proposta é uma simbiose entre tecnologia e natureza. Em vez de destruirmos as florestas poderíamos transformá-las nas centrais elétricas do futuro", diz Vidarte.
Entrevista e edição: Azahara Mígel, Cristina del Moral
Texto: José L. Álvarez Cedena
Fonte: http://expresso.sapo.pt
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