Quanto desperdiçaram em obras inacabadas?
Quanto desviaram sem comprovação, por meio dos cartões corporativos?
Quanto doaram às religiões, que ainda gozam de imunidade e de isenções?
Quanto jogaram fora na construção de estádios, que não se prestam a outras atividades, fora dos horários de jogos?
Quanto aplicaram em publicidade, visando promover-se?
Quanto cobraram a mais, por exemplo, nas tarifas de energia elétrica?
Quanto pagaram aos magistrados que até venderam sentença, por conta de aposentadorias?
Quanto desperdiçaram com partidos políticos incompetentes e que só servem para viabilizar negociatas?
Quanto repassaram para concessionárias de serviços públicos pertencentes a lideranças partidárias?
Enfim: são incontáveis as perguntas a serem respondidas por essas corjas que manipulam os valores arrecadados, ao seu bel prazer e só fazem aumentar a carga tributária.
Uma constatação é inevitável: sonegar é preciso, sob pena de se fazer papel de otário, diante da malversação dos valores arrancados a forceps do povo e das empresas.
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Quanto desviaram sem comprovação, por meio dos cartões corporativos?
Quanto doaram às religiões, que ainda gozam de imunidade e de isenções?
Quanto jogaram fora na construção de estádios, que não se prestam a outras atividades, fora dos horários de jogos?
Quanto aplicaram em publicidade, visando promover-se?
Quanto cobraram a mais, por exemplo, nas tarifas de energia elétrica?
Quanto pagaram aos magistrados que até venderam sentença, por conta de aposentadorias?
Quanto desperdiçaram com partidos políticos incompetentes e que só servem para viabilizar negociatas?
Quanto repassaram para concessionárias de serviços públicos pertencentes a lideranças partidárias?
Enfim: são incontáveis as perguntas a serem respondidas por essas corjas que manipulam os valores arrecadados, ao seu bel prazer e só fazem aumentar a carga tributária.
Uma constatação é inevitável: sonegar é preciso, sob pena de se fazer papel de otário, diante da malversação dos valores arrancados a forceps do povo e das empresas.
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Brasileiros sonegaram R$ 300 bilhões em tributos neste ano
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os brasileiros sonegaram R$ 300 bilhões em tributos até agora em 2013. A quantia supera a riqueza produzida pela maioria dos estados. Até o fim do ano, o valor que deixa de chegar aos cofres públicos deverá atingir R$ 415 bilhões, o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, estima o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).
O Sinprofaz desenvolveu um placar online da sonegação fiscal no Brasil. Chamada de Sonegômetro, a ferramenta permite acompanhar em tempo real o quanto o país deixa de arrecadar todos os dias. Os números são atualizados constantemente no endereço eletrônico www.sonegometro.com.
De acordo com o estudo, se não houvesse sonegação de impostos, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em até 20% e, ainda assim, o nível de arrecadação seria mantido. A ação faz parte da campanha Quanto Custa o Brasil pra Você?, criada pela entidade em 2009.
A contagem começou em 1º de janeiro. O valor sonegado até o momento é superior à arrecadação do Imposto de Renda em 2011 (R$ 278,3 bilhões). Na comparação com o PIB dos estados, a sonegação estaria em quarto lugar entre as 27 unidades da Federação.
Os R$ 300 bilhões que o governo deixou de receber até agora só estão atrás do PIB de São Paulo (R$ 1,248 trilhão), do Rio de Janeiro (R$ 407 bilhões) e de Minas Gerais (R$ 351 bilhões). A quantia sonegada, informa o Sinprofaz, equivale a mais do que a riqueza produzida pelo Rio Grande do Sul (R$ 252,5 bilhões), pelo Paraná (R$ 217 bilhões) e pelo Distrito Federal (R$ 150 bilhões).
Para chegar ao índice de sonegação, o levantamento do Sinprofaz selecionou 13 tributos que correspondem a 87,4% da arrecadação tributária no Brasil. Os principais tributos analisados foram os impostos de Renda (IR), sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre Operações Financeiras (IOF), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), aContribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e os impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS).
O Sinprofaz também incluiu no estudo as contribuições dos empregadores para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e os pagamentos de patrões e empregados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Amanhã (25), o Sinprofaz instalará um painel móvel em Brasília com os números da sonegação. O placar circulará nas proximidades do Congresso Nacional. O sindicato também promoverá a distribuição de materiais educativos.
Edição: Nádia Franco
Agência Brasil
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