Seria muito interessante - e muito provavelmente seriam descobertos desvios significativos - investigar-se as verbas doadas pelos Governos Federal, Estaduais e Municipais para o restauro de templos católicos.
Ocorre que tais repasses não são precedidos de licitação e a fiscalização dos Tribunais de Contas e de outros órgãos é frouxa, beirando à permissividade, em razão da tolerância no que diz respeito a todas as sacanagens da Igreja Católica, também da parte dos Ministérios Públicos Federal e estaduais e ainda dos magistrados.
Só na Igrejinha de São Francisco do Sul os malandros da política e da Igreja dizem haver gasto cerca de 14 milhões de reais. Um exame do contrato e inúmeros termos aditivos posteriores revela que instrumentos que liberaram verbas de até 3 milhões não contaram, sequer, com a identificação dos ordenadores primários que os assinaram em nome do Ministério da Cultura.
Nas obras da Catedral de Florianópolis - nas quais foram consumidos também cerca de 14 milhões - tenho certeza de que também abundam irregularidades.
Se a investigação estender-se à qualidade dos serviços e materiais empregados, então, teremos um escândalo monumental, do tamanho do Programa Monumenta. Basta ver - e isto ninguém pode esconder - que após alguns meses de pintados os templos, a umidade aflora, denunciando, assim, o descaso e a má-fé na execução dos serviços.
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