Não chega a uma Eva Cassidy ou a uma Celine Dion, até porque não sabe escolher o repertório como aquelas, mas tem voz interessante e outros atributos que a credenciam como uma boa cantora.
Pena a argola na venta, à moda garnel, que se usava em porcos, totalmente desnecessária. Algumas mulheres colocam tal adereço, de induvidoso mau gosto, até na perereca.
Mas isto é apenas uma questionável opção pessoal, que não compromete a qualidade do seu trabalho.
Detalhe: achei um vídeo dela cantando em português, onde manifesta uma indisfarçável contrariedade por usar a língua pátria. Claro que ela sabe que o inglês é a língua predominante e, no afã de se projetar, preferiu-a, em relação ao português. Mas é preciso lembrar que, que tem talento, como outra portuguesa (Mariza), não se rende tão facilmente ao império da língua inglesa.
De qualquer sorte, fica a nossa torcida pelo sucesso da moça, torcendo que ela opte por cantar, também, as belas músicas portuguesas, que não se resumem aos magníficos fados.
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Pena a argola na venta, à moda garnel, que se usava em porcos, totalmente desnecessária. Algumas mulheres colocam tal adereço, de induvidoso mau gosto, até na perereca.
Mas isto é apenas uma questionável opção pessoal, que não compromete a qualidade do seu trabalho.
Detalhe: achei um vídeo dela cantando em português, onde manifesta uma indisfarçável contrariedade por usar a língua pátria. Claro que ela sabe que o inglês é a língua predominante e, no afã de se projetar, preferiu-a, em relação ao português. Mas é preciso lembrar que, que tem talento, como outra portuguesa (Mariza), não se rende tão facilmente ao império da língua inglesa.
De qualquer sorte, fica a nossa torcida pelo sucesso da moça, torcendo que ela opte por cantar, também, as belas músicas portuguesas, que não se resumem aos magníficos fados.
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Aurea é a versão loira e lusa de Amy Winehouse
THALES DE MENEZES
EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"
No recém-terminado Rock in Rio, uma das surpresas agradáveis no ingrato horário das 14h40, de sol forte e pouco público, foi a cantora portuguesa Aurea.
A primeira surpresa foi visual. Loira mignon, muito bronzeada, parecia uma carioca circulando nos bastidores. Só o sotaque denunciava.
No palco, a plateia teve outro estranhamento. Aurea é uma cantora de soul. Disparou versões de clássicos do gênero e material próprio, em inglês, e o público aprovou com entusiasmo.
"Acho que a imagem que os brasileiros têm da música portuguesa não é mais correta. Só conhecem bem o fado."
Leonardo Soares - 15.set.13/Folhapress
A cantora Aurea em show no último dia 15, no Rock in Rio
Aurea, 26, gravou seu primeiro disco há três anos. O álbum, que leva seu nome, chegou ao topo da parada portuguesa. No ano passado ela soltou "Soul Notes", que agora é lançado no Brasil, de carona no Rock in Rio.
Ela percorre Portugal em uma van, cantando diante de plateias menores em teatros até dezenas de milhares de pessoas em shows ao ar livre.
Aurea estudou teatro e diz que a ideia de viver de música entrou tarde em sua vida. "Mas quando era menina cantava o que meus pais ouviam em casa. Meu pai e meu irmão tocavam violão e eu cantava 'Se você disser que eu desafino, amor...'. É, eu adoro bossa nova."
Ouvindo Amy Winehouse e Joss Stone, encontrou a soul music. "Amy é uma das minhas maiores influências. Depois fui conhecer os clássicos, como Aretha Franklin."
Ela defende a tese de que Amy e Joss Stone facilitaram a vida de quem quer cantar soul. "Foi pela música delas que os jovens conheceram o soul. Aconteceu comigo."
"Soul Notes" sai no Brasil com a faixa "Busy (For Me)", lançada originalmente no seu primeiro álbum. A música foi incluída na trilha sonora da novela "Amor à Vida".
"Agora que vou trabalhar esse lançamento no Brasil espero voltar mais vezes. Fiquei encantada com BNegão, quero conhecer todo mundo."
SOUL NOTES
ARTISTA Aurea
GRAVADORA Sony Music
QUANTO R$ 30 (em média)
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