Vários países, por interesses politiqueiros de candidatos a cargos eletivos, estão a transformar-se em verdadeiras clerocracias.
Mas existem povos que são mais politizados que outros, caso do Chile, em relação ao Brasil e naqueles duvido que os estelionatários das mais diversas matrizes religiosas façam carreira com tanta facilidade.
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Candidata a presidente promete “não fazer nada que vá contra o que a Bíblia ensina”
Após aceitar Jesus, candidata chilena muda campanha
por Jarbas Aragão
A candidata a presidência do Chile, Evelyn Matthei, da União Democrática Independente, ficou com cerca de 25% dos votos no primeiro turno. Dia 15 de dezembro os eleitores decidirão entre ela e Michele Bachelet, que tenta a reeleição e teve 46,8% no primeiro turno.
Contudo, na última semana ocorreu um fato que mudou a vida de Matthei e pode influenciar no restante de sua campanha. No sábado, 23, ele recebeu em sua casa um grupo de pastores evangélicos, que manifestaram seu apoio a ela. Conservadora, Matthei se opõe abertamente ao aborto e o casamento gay, questões defendidas por Bachelet, do grupo esquerdista Nova Maioria.
Mas a grande repercussão do encontro com os pastores foi o fato de Evelyn Matthei ter aceitado a Cristo como seu Senhor e Salvador. Um vídeo filmado por um desses pastores tem circulado na internet.
Muitas das declarações de Matthei nas últimas semanas mostram como isso a afetou. “Comprometo-me, em nosso futuro governo e se Deus quiser assim, a não fazer nada que vá contra o que a Bíblia diz: O casamento é entre um homem e uma mulher. A vida humana deve ser cuidada desde o momento da concepção até a morte natural. Não ao aborto, não à eutanásia”.
Uma das curiosidades da campanha de Matthei é que ela foi escolhida pelo partido de última hora, após a desistência de Pablo Longueira, que havia vencido as primárias. Enquanto muitos apostavam na reeleição da atual presidente no primeiro turno, o partido de Evelyn conseguiu vencer a desconfiança e ampliar o debate no segundo turno.
A candidata também passou a subir o tom das críticas a Michelle Bachelet, que pede a aprovação de diferentes leis que visam “tirar Deus da vida dos chilenos”. Defensora de uma nova Constituição para o país, a atual presidente do Chile repetidas vezes tem insistido que deseja um Estado totalmente laico e que pretende eliminar todas as referências, juramentos e símbolos religiosos dos órgãos do governo, incluindo as escolas públicas.
Mesmo assim, ela também procurou um encontro com representantes evangélicos, onde garantiu que não haverá perseguição religiosa, como tem sido divulgado. Mesmo assim, ela tem sido vaiada por manifestantes evangélicos em diversas ocasiões.
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