A notícia baixo saiu em agosto deste ano.
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Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Rabino, em primeiro plano, nega acusações e vai recorrer
A Corte de Jerusalém condenou o rabino Mordechai Elon por abuso sexual a um menor que procurou seu apoio por enfrentar problemas emocionais.
O rabino Elon, considerado um líder espiritual importante da corrente nacionalista religiosa em Israel, foi acusado de cometer "atos obscenos" por dois jovens menores de idade.
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Elon pertence a uma família importante na sociedade israelense.
O pai dele, Menachem Elon, foi juiz da Suprema Corte de Justiça e seu irmão, Binyamin Elon, foi membro do Parlamento durante 13 anos, representando os partidos de extrema direita Moledet e Ihud Leumi, e também foi ministro do Turismo durante 2 anos, durante o governo do ex-premiê Ariel Sharon.
O caso, sem precedentes na história de Israel, é tratado como um escândalo no país.
Os jovens haviam se dirigido à organização Takanah, um fórum fechado que apura acusações de abusos sexuais dentro da comunidade religiosa.
Depois de ouvir os depoimentos dos jovens, a Takanah decidiu, já em 2009, instruir o rabino Elon a suspender suas atividades educacionais.
'Graves danos'
O organização concluiu de que sua conduta poderia causar "graves danos" a seus alunos.
O rabino rejeitou a recomendação do fórum Takanah, que por sua vez resolveu levar o caso à Justiça.
De acordo com Elon e seus simpatizantes, ele costumava ser muito carinhoso com seus alunos, dando-lhes fortes abraços, mas o contato físico não tinha significado sexual e foi mal interpretado.
Meses depois das acusações da Takanah, o procurador geral da Justiça de Israel resolveu iniciar um processo contra o rabino Elon, que culminou nesta quarta feira com a decisão da Corte.
O Tribunal informou que a sentença será anunciada posteriormente.
O advogado de Elon disse a jornalistas presentes no tribunal que iria apelar da decisão.
Após a decisão da Corte, o rabino Elon proferiu uma oração perante os jornalistas e convidou a todos para participar de uma aula que pretende dar a seus alunos, ainda hoje, no seminário rabínico que dirige, no vilarejo de Migdal, no norte de Israel.
Segundo as acusações, o rabino cometeu atos de abuso sexual contra o menor duas vezes, em 2003 e 2005.
Outro jovem, que também havia acusado o rabino de abuso sexual, se negou a prestar depoimento perante o tribunal.
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