Roqueiro britânico assume tentativa de estupro de bebê
Jurados não precisaram assisitir vídeos de abusos sexuais após confissão de cantor
O cantor da banda de rock britânica Lostprophets, Ian Watkins, se declarou nesta terça-feira culpado de uma série de acusações de pedofilia – incluindo uma tentativa de estupro de um bebê.
Watkins foi em 1997 um dos fundadores da banda, que acabou no mês passado e chegou a vender 3,5 milhões de discos em todo o mundo. Uma das músicas do grupo, Rooftops (A Liberation Broadcast), chegou até mesmo a ser incluída em um popular jogo de videogame lançado em 2008, Guitar Hero World Tour.
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Ele estava sendo acusado juntamente com duas mulheres que também teriam participado dos crimes.
Em uma audiência prévia ao julgamento, o cantor se declarou culpado de tentativa de estupro e crime sexual contra uma criança de menos de 13 anos, entre outros crimes. Porém, não admitiu ter cometido o estupro. A promotoria aceitou essa solução para poupar o júri de assistir vídeos de violência sexual que constavam no rol de provas, dispensando a necessidade de um julgamento.
O réu também se declarou culpado de três acusações de agressão sexual envolvendo crianças, seis relacionadas a produzir ou possuir imagens de pedofilia e uma de possuir uma imagem pornográfica extrema envolvendo um ato sexual com um animal.
Segundo promotores, Watkins filmou episódios de abusos em vários hotéis em Londres e no País de Gales.
As provas contra ele foram obtidas em computadores, notebooks e telefones celulares. Algumas estavam armazenadas em servidores de internet.
'Ensinar bebês a usar drogas'
O assistente de promotoria Chris Clee afirmou que as duas mulheres acusadas cometeram abusos sexuais contra os próprios filhos e permitiram que Watkins também praticasse violência contra eles.
Entre as provas apresentadas no julgamento está uma mensagem de texto enviada por Watkins a uma delas dizendo: "se você me pertence, o seu bebê também é meu".
No julgamento, o cantor foi acusado também de planejar "ensinar" bebês a usar entorpecentes.
A polícia encontrou cocaína, metanfetamina e ácido em batidas em busca de provas contra Watkins.
Até agora o artista vinha negando as acusações.
Inicialmente ele disse à polícia que vinha sendo perseguido por um "fã maluco", que outras pessoas tinham acesso a seu computador e que estava sendo "vítima de uma campanha maliciosa".
A advogada de Watkins afirmou que seu cliente está sob os cuidados de um psiquiatra.
As sentenças dos réus só devem sair em uma nova audiência, marcada para 18 de dezembro.
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