O valor é a soma da arrecadação de templos católicos e evangélicos de acordo com dados da RF
por Leiliane Roberta Lopes
De acordo com dados da Receita Federal, informados através da Lei de Acesso à Informação, as igrejas católica e evangélica arrecadam juntas R$20,6 bilhões em 2011.
São R$39,1 milhão arrecadado por dia, como mostra o jornal “O Diário de São Paulo” que entrevistou membros da Igreja Sara Nossa Terra que são fiéis ao dízimo.
A igreja liderada pelo bispo Robson Rodovalho foi escolhida pela reportagem por ser a denominação com maior número de fiéis com ensino superior. A informação contesta a crença popular de que apenas as pessoas sem instrução aceitam doar 10% de seus ganhos para financiar os trabalhos das igrejas.
Entre os entrevistados pela reportagem está o médico Romeu Nunes que afirma que entregar o dízimo “dá resultado”. “Posso dizer que prosperei e aumentei meu patrimônio em pelo menos seis vezes depois que passei a contribuir com a igreja”, testemunha.
A juíza do trabalho Vanessa de Almeida Vignoli também frequenta a Sara Nossa Terra e aceitou comentar sobre a prática de dizimar. “Faço essa doação até como proteção da minha vida financeira.”
Formada em Direito, Vanessa diz que foi através do dízimo que conseguiu fazer mestrado e passar no concurso público para o cargo de juíza. “Depois que entrei na igreja, consegui passar no mestrado da USP, na primeira fase do concurso para juíza do trabalho e trabalhei nos melhores escritórios.”
Até mesmo que não trabalha na área de formação consegue contar uma benção alcançada pela fidelidade do dízimo. O empresário Carlos Eduardo Caporal, formado em odontologia, afirma que a fé e o dízimo fez com que ele superasse as dificuldades financeiras.
“Fiquei viúvo, com duas filhas e dificuldades financeiras. Quem me ajudou em todos os sentidos foi a igreja. Naquele momento, entendi a importância do dizimo e nunca mais deixei de contribuir”, afirmou.
Dos 20,6 bilhões de reais arrecadados em 2011, R$10,8 bilhões vieram de ofertas (chamadas de doações voluntárias), R$3,47 bilhões do dízimo, R$3 bilhões pela venda de bens e serviços e R$ 460 milhões de rendimentos em ações e aplicações.
Ao contrário de alguns países da Europa, no Brasil o Estado não patrocina instituições religiosas. Todos os recursos para sustentar os templos vêm de doação dos fiéis. Porém as igrejas são isentas de pagar alguns impostos.
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