Recebi um e-mail que passo a reproduzir. Nele, o Sr. Artemio Paludo, velho conhecido da região, é rotulado como "grileiro" e protegido da Revolução de 1964. Desnecessário dizer que direito de resposta está assegurado ao acusado, pessoalmente, ou por quem o represente.
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---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Carlos Eduardo Souza <cadujpt@yahoo.com.br>
Data: 13 de abril de 2014 00:01
Assunto: Enc: Fwd: NOTA
Para: "carlos.jpt@gmail.com" <carlos.jpt@gmail.com>
Em , Carlos Eduardo Souza <cadujpt@yahoo.com.br> escreveu:
Em Sábado, 12 de Abril de 2014 23:51, Bruna Cordova
Companheiros(as)
Encaminho essa nota a pedido do nosso vereador Lino. O mérito é sobre a ação da polícia em relação ao acampamento Amarildo que se deu na data de ontem.
A divulgação da nota é pra acontecer ainda hoje, num prazo de 1h, dado o horário e a impossibilidade de ter uma aprovação dessa executiva nesse horário, sugiro que caso façamos algo, que seja uma nota com nosso conteúdo e extemporânea, assinada por nós!
Att
Cadu
Presidente do PT
POLÍCIA INTIMIDA E AMARILDO RESISTE
O juiz agrário Rafael Sandi, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o prefeito de Florianópolis, César Souza Junior, estão prestes a autorizar um massacre contra as 700 famílias da Ocupação Amarildo de Souza, no norte da ilha de Florianópolis. Ao longo deste sábado, um helicóptero sobrevoou a região e centenas de policiais militares, oficiais do BOPE, da Tropa de Choque, da Cavalaria e da Polícia Civil ameaçaram e tentaram intimidar os Amarildos.
O impasse começou quando as famílias tentaram ocupar o terreno ao lado, temendo a reintegração de posse prevista para a próxima terça-feira, dia 15 de abril. Porém, o acordo para a desocupação foi firmado em fevereiro, quando ainda se pensava que o dono da terra era Artêmio Paludo - o empresário que pretendia construir ali um campo de golfe. Hoje sabe-se que as terras são públicas, conforme afirma a Superintendência do Patrimônio da União (SPU). As terras foram griladas por Paludo, com a conivência do Estado, durante o regime militar brasileiro.
O acordo de desocupação, portanto, é ilegítimo. Os Amarildos exigem, através de ação judicial anulatória, que o juiz Rafael Sandi rasgue o acordo e suspenda a reintegração de posse. No entanto, ele parece lavar as mãos e não responde a Ocupação, mesmo tendo expirado o prazo legal para isso.
Da mesma forma, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, não se propõe a encontrar uma saída negociada para o conflito. Colombo não oferece alternativas às 700 famílias. Para ele, a solução é a violência policial para que se cumpra um acordo ilegítimo que favorece apenas os ladrões das terras da cidade.
A prefeitura de Florianópolis e seu prefeito César Souza, o Júnior, também permaneceram omissos. Mesmo dispondo de alternativas, não deram nenhuma opção às famílias. Havia a possibilidade de assentamento, em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), através do chamado Projeto Casulo, na perspectiva da agricultura familiar em centros urbanos.
O cenário remonta o destino trágico da reintegração de posse da favela da Telerj, ontem, no Rio de Janeiro. A tropa de guerra do governo Cabral deixou centenas de feridos. Além disso, moradores afirmam que três crianças foram mortas durante a operação, que servia apenas para devolver um prédio abandonada à multinacional da telefonia Oi.
As remoções e reintegrações de posse em todo o Brasil mostram que a Polícia não está do lado do povo. Os governos se submetem aos interesses dos empresários e, quando necessário, passam por cima da lei que tanto dizem prezar.
Todos os apoiadores da Ocupação Amaridlo estão convocadxs para vigília em solidariedade às famílias até terça-feira, dia 15!
Ocupação Amarildo resiste!
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