Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



segunda-feira, 4 de maio de 2015

Radio ATEIA - YASMIN LEVI E O LADINO

Música: Yasmin Levy


O ladino é uma língua em vias de extinção. Era o iídiche dos judeus da península ibérica e a expulsão dos judeus no mesmo ano em que Colombo zarpava rumo às "Índias" espalhou a língua por outras partes do mediterrâneo. O ladino é um primo nosso, uma língua mais próxima de nós do que nossa visão simplista de Iracemas e Caramurus indica. Era provavelmente a língua de muita gente boa e ruim que chegou aqui no período colonial. Tal era a porcentagem de judeus entre os portugueses que na América espanhola os sobrenomes portugueses eram quase sinônimo de "sangue impuro". Yasmin Levy nasceu em Israel e faz aqui uma versão contemporânea de um hino tradicional em ladino.



Irme kero
Irme kero, madre, a yerushlayim [yerushlayim: Jerusalém]
komer de sus frutos, bever de sus aguas
Refrão: En el me arrimo yo [arrimar: apoyar]
 i en el m'afalago yo [afalagar: consolar]
 en el senyor de todo’l mundo [2X]
Y el Bet Amikdash lo vor d'enfrente
 [Bet Amikdash: Beit HaMikdash, O Templo]
A mi me parese la luna kresiente
Refrão
i lo estan fraguando kon piedras presiozas [fraguar: construir]
i lo estan lavorando kon piedras presiozas [lavorar: lavrar, trabalhar]
Refrão


7 comments:

sabina anzuategui said...
que lindo.
eu também adoro o galego, pelos mesmos motivos: parece antigo e tão proximo.
minha avó era galega, e um amigo me contou que no uruguai "galego" é uma ofensa, significa mão-de-vaca, mesquinho.
Paulodaluzmoreira said...
Outro dia peguei um livro em Galego na biblioteca pelo mesmo motivo. São línguas que, como o espanhol, são um pouco nossas e um pouco estrangeiras. Dá uma sensação de liberdade, como se vc pudesse se comunicar com estrangeiros usando sua própria língua e eles a deles sem problemas.
Sei que os galegos foram o maior grupo de imigrantes espanhóis. Na Argentina era um apelido comum para qualquer imigrante espanhol, como "Turco" era para qualquer árabe ou judeu sefaradí, "Tano" para italianos e "ruso" para qualquer imigrantes do leste europeu, de poloneses a judeus askenazi. A figura do pequeno comerciante "gallego" aparece, por exemplo, no personagem "Manolito" na Mafalda.

Nenhum comentário: