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25 de julho de 2019, 19h49
O ministro da Justiça Sergio Moro informou que vai descartar mensagens apreendidas com suspeitos presos na terça-feira (23/7) pela Polícia Federal. Eles são acusados de invadir celulares de autoridades, entre elas o próprio Moro, que se declara vítima nesse caso.
O ministro da Justiça Sergio Moro informou que vai descartar mensagens apreendidas com suspeitos presos na terça-feira (23/7) pela Polícia Federal. Eles são acusados de invadir celulares de autoridades, entre elas o próprio Moro, que se declara vítima nesse caso.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilSergio Moro se declara vítima do caso, mas anuncia destruição de provas
A informação foi dada por Moro ao presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de Noronha. Segundo nota divulgada pelo STJ, o ministro da Justiça telefonou a Noronha para informá-lo de que seu celular também foi hackeado.
O descarte é problemático. O inquérito é presidido pelo juiz federal Vallisney de Oliveira e Moro, como ministro da Justiça, não tem poder formal para intervir em investigações — embora, administrativamente, a PF fique subordinada ao Ministério da Justiça. As mensagens descartadas são indícios de que os suspeitos cometeram o crime. E conforme disse o ministro Marco Aurélio ao jornal Folha de S.Paulo, só o juiz do caso pode tomar decisões em relação às provas do inquérito.
Por muito menos, o delegado Fernando Segovia foi demitido do cargo de diretor-geral da PF. Em 2018, ele deu uma entrevista e disse que a tendência de um inquérito que investigava o ex-presidente Michel Temer era ser arquivado. O delegado chegou a ser intimado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, a dar explicações.
Reportagem da ConJur mostrou que a PF vem tentando ligar os suspeitos presos na terça ao vazamento de mensagens de Moro pelo site The Intercept Brasil. A destruição das mensagens, se acontecer, vai impedir que se prove essa ligação — ou que essa ligação não existe.
A informação foi dada por Moro ao presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio de Noronha. Segundo nota divulgada pelo STJ, o ministro da Justiça telefonou a Noronha para informá-lo de que seu celular também foi hackeado.
O descarte é problemático. O inquérito é presidido pelo juiz federal Vallisney de Oliveira e Moro, como ministro da Justiça, não tem poder formal para intervir em investigações — embora, administrativamente, a PF fique subordinada ao Ministério da Justiça. As mensagens descartadas são indícios de que os suspeitos cometeram o crime. E conforme disse o ministro Marco Aurélio ao jornal Folha de S.Paulo, só o juiz do caso pode tomar decisões em relação às provas do inquérito.
Por muito menos, o delegado Fernando Segovia foi demitido do cargo de diretor-geral da PF. Em 2018, ele deu uma entrevista e disse que a tendência de um inquérito que investigava o ex-presidente Michel Temer era ser arquivado. O delegado chegou a ser intimado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, a dar explicações.
Reportagem da ConJur mostrou que a PF vem tentando ligar os suspeitos presos na terça ao vazamento de mensagens de Moro pelo site The Intercept Brasil. A destruição das mensagens, se acontecer, vai impedir que se prove essa ligação — ou que essa ligação não existe.
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Ainda bem que a PF teve a lucidez que o ex-juizeco não possui
Batata quente
PF diz que juiz é quem deve definir destino de provas apreendidas com hackers
A
Polícia Federal afirmou nesta quinta-feira (25/7) que cabe à justiça
definir o que fazer com as mensagens apreendidas com suspeitos presos
nesta semana. Eles são acusados de invadir os celulares de várias
autoridades, entre elas o ministro Sergio Moro.
Mais cedo, o ministro, que se diz vítima nesse caso, disse que iria destruir o material apreendido. No entanto, em nota, a PF diz que as investigações têm como foco analisar as mensagens.
Além
disso, a corporação diz que o conteúdo de qualquer mensagem deverá ser
preservada, cabendo ao juiz, " em momento oportuno, definir o destino do
material, sendo a destruição uma das opções".
Leia a íntegra da nota:
"A Polícia Federal esclarece que as investigações que culminaram com a deflagração da Operação Spoofing não têm como objeto a análise das mensagens supostamente subtraídas de celulares invadidos.
O conteúdo de quaisquer mensagens que venham a ser localizadas no material apreendido será preservado, pois faz parte de diálogos privados, obtidos por meio ilegal.
Caberá à justiça, em momento oportuno, definir o destino do material, sendo a destruição uma das opções."
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