Maria Aparecida Caitano foi vítima de um câncer
22/07/2019 - 17h16
Por Redação DC
nsctotal@somosnsc.com.brMaria Aparecida Caitano também atuou como professora, advogada e oficial de justiça, antes de virar juíza do trabalho(Foto: Guto Kuerten/Diário Catarinense)
A desembargadora aposentada Maria Aparecida Caitano morreu no sábado (20), em São Paulo, onde estava internada para tratar de um câncer. Ela foi a primeira mulher negra a conseguir chegar ao Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT). O falecimento foi confirmado pela Corte, nesta segunda-feira (22).
Natural de Cambará, no interior do Paraná, ela ingressou terminou a faculdade de direito em 1970. No ano de 1987, foi aprovada em um concurso público para ser juíza do trabalho, no Pará. Alguns meses depois, passou em outro concurso, em Santa Catarina e decidiu seguir a magistratura em terras catarinenses.
Leia mais
Entre a faculdade e o início da carreira como juíza, ela atuou como professora, foi advogada e trabalhou como oficial de justiça da 9ª Vara do Trabalho de São Paulo.
No ano de 2008, ela chegou ao cargo de desembargadora, quando estava com 64 anos. No dia 11 de janeiro de 2009, o Diário Catarinense fez um perfil da magistrada. Na ocasião, ela citou que uma das razões para haver tão poucos negros em cargos de relevância se deve, principalmente, à falta de acesso à educação de qualidade.
Para ela, o investimento em educação poderia ajudar a mudar essa realidade não só para os negros, mas com todas as pessoas de baixa renda.
— Acho que o desemprego também sempre será uma pedra no sapato do trabalhador, principalmente devido à rápida evolução tecnológica. Não deixo de pensar, no entanto, na violência. Culpa-se a miséria, mas há uma desintegração da família e uma consequente inversão de valores, que precisam ser levadas em conta — afirmou ao jornal.
Em nota, a presidente do TRT-SC, desembargadora Maria Eleda, expressou "profundo pesar" pela perda da ex-colega de trabalho. Os servidores que atuam no gabinete do desembargador Roberto Basilone, que sucedeu Maria Aparecida Caitano no cargo, realizaram uma missa no domingo (21), em Florianópolis, em homenagem à ex-desembargadora.
No mesmo dia, o corpo de Maria Aparecida Caitano foi sepultado, no Cemitério Parque dos Pinheiros, no bairro Vila Galvão, em São Paulo.
22/07/2019 - 17h16
Por Redação DC
nsctotal@somosnsc.com.brMaria Aparecida Caitano também atuou como professora, advogada e oficial de justiça, antes de virar juíza do trabalho(Foto: Guto Kuerten/Diário Catarinense)
A desembargadora aposentada Maria Aparecida Caitano morreu no sábado (20), em São Paulo, onde estava internada para tratar de um câncer. Ela foi a primeira mulher negra a conseguir chegar ao Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT). O falecimento foi confirmado pela Corte, nesta segunda-feira (22).
Natural de Cambará, no interior do Paraná, ela ingressou terminou a faculdade de direito em 1970. No ano de 1987, foi aprovada em um concurso público para ser juíza do trabalho, no Pará. Alguns meses depois, passou em outro concurso, em Santa Catarina e decidiu seguir a magistratura em terras catarinenses.
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Entre a faculdade e o início da carreira como juíza, ela atuou como professora, foi advogada e trabalhou como oficial de justiça da 9ª Vara do Trabalho de São Paulo.
No ano de 2008, ela chegou ao cargo de desembargadora, quando estava com 64 anos. No dia 11 de janeiro de 2009, o Diário Catarinense fez um perfil da magistrada. Na ocasião, ela citou que uma das razões para haver tão poucos negros em cargos de relevância se deve, principalmente, à falta de acesso à educação de qualidade.
Para ela, o investimento em educação poderia ajudar a mudar essa realidade não só para os negros, mas com todas as pessoas de baixa renda.
— Acho que o desemprego também sempre será uma pedra no sapato do trabalhador, principalmente devido à rápida evolução tecnológica. Não deixo de pensar, no entanto, na violência. Culpa-se a miséria, mas há uma desintegração da família e uma consequente inversão de valores, que precisam ser levadas em conta — afirmou ao jornal.
Em nota, a presidente do TRT-SC, desembargadora Maria Eleda, expressou "profundo pesar" pela perda da ex-colega de trabalho. Os servidores que atuam no gabinete do desembargador Roberto Basilone, que sucedeu Maria Aparecida Caitano no cargo, realizaram uma missa no domingo (21), em Florianópolis, em homenagem à ex-desembargadora.
No mesmo dia, o corpo de Maria Aparecida Caitano foi sepultado, no Cemitério Parque dos Pinheiros, no bairro Vila Galvão, em São Paulo.
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