Enquanto se fala de corrupçao se aponta o dedo para os lucros absurdos dos bancos, financeiras e outras arapucas do sistema financeiro, nacional e internacional.
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A banca age secretamente como uma religião, com seus templos (sagrados e pagãos) e com seus padres e alto sacerdotes. Dois livros lançam uma luz sobre o fenômeno: “The Theology of Money” do filósofo Philip Goodchild; e “The Cult of Money”, de Chris Lehmann.
Por Wilson Roberto Vieira Ferreira
- 29/07/2019
por Wilson Ferreira
Um “bate-papo” secreto de um servidor público passando informações privilegiadas, em ano eleitoral, num evento secreto para empresas nacionais e internacionais do setor financeiro. As novas informações vazadas pelo “Intercept” sobre a bem remunerada participação do coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, não apenas revelam as relações promíscuas de procuradores e juízes com o mundo político e empresarial. Também mostra como a banca é uma eminência parda: por todo o espectro político, as críticas ao sistema financeiro são apenas pontuais ou genéricas. Nunca está sob o foco da mídia. No máximo, denuncia-se “bad guys” gananciosos, enquanto a estrutura do sistema nunca é questionada – dinheiro, valor, débito, crédito etc. são conceitos naturalizados, reverenciados quase religiosamente. A banca age secretamente como uma religião, com seus templos (sagrados e pagãos) e com seus padres e alto sacerdotes. Dois livros lançam uma luz sobre o fenômeno: “The Theology of Money” do filósofo Philip Goodchild; e “The Cult of Money”, de Chris Lehmann.
Enquanto a grande mídia aposta todas as suas fichas na estratégia diversionista de mobilizar todo espaço televisivo para repercutir a crise dos hackers “russos” de Araraquara/SP que supostamente ameaçam a segurança nacional, a Vaza Jato faz mais revelações perturbadoras.
Dessa vez, não tanto pelas novas evidências das relações promíscuas do ministro do STF (Fux) e do coordenador da Lava Jato (Dallagnol). A verdade já está mais que evidente e tudo o que vazará no futuro apenas aumentará a gravidade com o acúmulo de novas provas.
Até aqui abordamos a guerra semiótica criptografada como tática diversionista para, através da criação do caos de informações contraditórias que geram crises diárias, desviar a atenção do distinto público do saco de maldades neoliberais (reformas e destruição de direitos, garantias e projetos sociais).
Mas as últimas informações reveladas pela Vaza Jato mostram uma função mais profunda dessa guerra semiótica: esconder a verdadeira eminência parda por trás do movimento de conduzir a ideia de Estado Mínimo para muito além da cartilha neoliberal – como discutimos em postagem anterior, chegar ao Estado Líquido desejado pela banca financeira: agências de investimentos, bancos, investidores etc.
Por Wilson Roberto Vieira Ferreira
- 29/07/2019
por Wilson Ferreira
Um “bate-papo” secreto de um servidor público passando informações privilegiadas, em ano eleitoral, num evento secreto para empresas nacionais e internacionais do setor financeiro. As novas informações vazadas pelo “Intercept” sobre a bem remunerada participação do coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, não apenas revelam as relações promíscuas de procuradores e juízes com o mundo político e empresarial. Também mostra como a banca é uma eminência parda: por todo o espectro político, as críticas ao sistema financeiro são apenas pontuais ou genéricas. Nunca está sob o foco da mídia. No máximo, denuncia-se “bad guys” gananciosos, enquanto a estrutura do sistema nunca é questionada – dinheiro, valor, débito, crédito etc. são conceitos naturalizados, reverenciados quase religiosamente. A banca age secretamente como uma religião, com seus templos (sagrados e pagãos) e com seus padres e alto sacerdotes. Dois livros lançam uma luz sobre o fenômeno: “The Theology of Money” do filósofo Philip Goodchild; e “The Cult of Money”, de Chris Lehmann.
Enquanto a grande mídia aposta todas as suas fichas na estratégia diversionista de mobilizar todo espaço televisivo para repercutir a crise dos hackers “russos” de Araraquara/SP que supostamente ameaçam a segurança nacional, a Vaza Jato faz mais revelações perturbadoras.
Dessa vez, não tanto pelas novas evidências das relações promíscuas do ministro do STF (Fux) e do coordenador da Lava Jato (Dallagnol). A verdade já está mais que evidente e tudo o que vazará no futuro apenas aumentará a gravidade com o acúmulo de novas provas.
Até aqui abordamos a guerra semiótica criptografada como tática diversionista para, através da criação do caos de informações contraditórias que geram crises diárias, desviar a atenção do distinto público do saco de maldades neoliberais (reformas e destruição de direitos, garantias e projetos sociais).
Mas as últimas informações reveladas pela Vaza Jato mostram uma função mais profunda dessa guerra semiótica: esconder a verdadeira eminência parda por trás do movimento de conduzir a ideia de Estado Mínimo para muito além da cartilha neoliberal – como discutimos em postagem anterior, chegar ao Estado Líquido desejado pela banca financeira: agências de investimentos, bancos, investidores etc.
Fonte - https://jornalggn.com.br/analise/vaza-jato-a-religiao-do-dinheiro-da-banca-e-a-eminencia-parda-brasileira/
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