Presidente da CNBB une-se a fundamentalistas e diz que aborto de menina de 10 anos previsto em lei é "crime hediondo"
Criança foi vítima de abuso no Espírito Santo e fez o procedimento em um hospital em Pernambuco. Em nota, Dom Walmor disse que havia "recursos para garantir a vida das duas crianças"
18 de agosto de 2020, 07:13 h Atualizado em 18 de agosto de 2020, 07:34
"Permaneçam em casa", diz presidente da CNBB sobre avanço da pandemia. (Foto: Divulgação CNBB)
247 - O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, publicou uma mensagem nesta segunda-feira (17), rechaçando a interrupção da gravidez da criança de dez anos, que foi estuprada no Espirito Santo, como "crime hediondo". A criança sofria uma série de estupros do tio há quatro anos e passou por um procedimento para interrupção da gestação neste domingo (16).
“Lamentável presenciar aqueles que representam a Lei e o Estado com a missão de defender a vida, decidirem pela morte de uma criança de apenas cinco meses, cuja mãe é uma menina de dez anos. Dois crimes hediondos”, disse o líder católico, segundo informou o portal G1.
Ele ainda disse na mensagem que "a violência sexual é terrível, mas a violência do aborto não se justifica, diante de todos os recursos existentes e colocados à disposição para garantir a vida das duas crianças. As omissões, o silêncio e as vozes que se levantam a favor de tamanha violência exigem uma profunda reflexão sobre a concepção de ser humano.”
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