O jornalista Bernardo Mello Franco observa que o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, se livrou de uma punição do CNMP no caso do power point contra o ex-presidente Lula devido à prescrição, que já foi classificada por ele como "um palavrão jurídico"
26 de agosto de 2020, 09:08 h Atualizado em 26 de agosto de 2020, 09:54
Bernardo Mello Franco e Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução | ABr)
247 - O jornalista Bernardo Mello Franco destaca que o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, já afirmou que “uma das razões centrais da impunidade é aquilo que a gente chama de prescrição”. Para ele, Deltan se livrou de uma punição no caso do power point em o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi apontado – sem provas - como o líder de uma organização criminosa pela razão que ele criticou no passado.
Mello Franco relembra que em 2016, Dallagnol afirmou que “prescrição é um palavrão jurídico que significa o cancelamento do caso criminal porque ele demorou muito tempo na Justiça. “Ontem o Conselho Nacional do Ministério Público julgou uma reclamação contra Deltan. O motivo foi o PowerPoint em que ele apontou o ex-presidente Lula como “comandante máximo” dos desvios na Petrobras”, diz o jornalista.
“A reclamação se arrastou no CNMP por quatro anos. Com recursos e chicanas que fariam inveja aos réus da Lava-Jato, o procurador conseguiu adiar 42 vezes o próprio julgamento. Ontem seu advogado convenceu o conselho de que o episódio já estava prescrito. Deltan foi salvo pelo “palavrão jurídico” que combatia”, afirma.
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