Pesquisador disse não haver indício de
que a caridade é inerente de religiosos
Estudo da Nottingham University Business School, do Reino Unido, sobre o papel das religiões na vida pública revelou que os crentes só são solidários ou altruístas com pessoas que professam a sua fé, mantendo-se indiferentes quando não sabem da crença (ou ausência dela) do próximo.
Especialistas em comportamento humano pediram a um grupo de pessoas da Malásia de diferentes crenças e não religiosas que participassem de atividades atribuindo a cada uma delas uma quantia imaginária de dinheiro.
Inicialmente, cada participante foi convidado a doar o dinheiro ou parte dele a outra pessoa, havendo a opção de não fazer nenhum repasse.
Os pesquisadores observaram que havia pouca diferença de nível de generosidade na comparação de cristãos, hindus, muçulmanos, budistas entre si e na comparação entre crentes e os sem religião.
Depois, com os participantes revelando sua religião ou ausência dela em uma placa, verificou-se que as pessoas ficaram três vezes mais generosas, mas somente em relação a quem tinha a sua religião. Cristãos foram solidários com cristãos, etc.
O professor Robert Hoffmann, coautor do estudo, disse que, nessas circunstâncias, os participantes ficaram “nitidamente mais confiantes e generosos”. “Alguém poderia imaginar que a caridade é inerente às pessoas de fé, mas não descobrimos nenhuma evidência nesse sentido”, disse.
Ele concluiu que as religiões não afetam o comportamento dos crentes em relação às pessoas em geral, mas, o que é preocupante, interferem em seu relacionamento com os integrantes de diferentes grupos.
Outra pesquisa — feita pela Universidade da Califórnia (EUA) e divulgada em 2012 — mostrou que os ateus são mais caridosos com pessoas estranhas que os religiosos.
Com informação do The Telegraph.
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