McCarthy cometeu assassinatos sob efeito de crack
Foto: AFP
O Estado do Texas discute a pena de Kimberly McCarthy, de 51 anos, primeira mulher a ter a execução marcada nos Estados Unidos desde 2010 e a 13ª desde a reinstauração da pena de morte no país, em 1976. Poucas horas após confirmar a sentença, nesta terça-feira, o juiz Larry Mitchell, de Dallas, aceitou ampliar para o dia 3 de abril o prazo para que a Defesa de McCathy apresente um recurso. As informações são do Huffington Post.
De acordo com seus advogados, a ex-enfermeira é vítima de racismo, por "ser negra e ter sido julgada por um tribunal composto por pessoas brancas". Ela foi condenada em 1997 por esfaquear, espancar e roubar um vizinho de 71 anos, além de outros crimes que teria cometido sob efeito de drogas.
"Nós queremos ter certeza de que não cometeremos nenhum erro, por isso o adiamento de 60 dias do julgamento é apropriado", considerou Craig Watkins, membro do júri. Pela sentença inicial, McCathy seria enviada para uma pequena cela onde aguardaria o agendamento da data em que receberia uma injeção letal.
"Ainda há trabalho a ser feito no meu caso. Não acabou", declarou a ré por meio de John Hunt, porta-voz da prisão onde está detida. De acordo com Hunt, ela apresenta um comportamento tranquilo e confia na reversão da sentença.
Maurie Levin, advogado da ex-enfermeira, também crê na diminuição da pena caso comprove o racismo no julgamento: "estamos felizes que teremos a oportunidade de juntar novas evidências de que há discriminação. De doze pessoas no júri, apenas uma não é branca. Foi uma exclusão proposital e devemos compreender esse fato como parte de um contexto histórico de preconceito racial no nosso Estado", afirmou.
Além do caso do assassinato do vizinho de 71 anos, no qual McCathy cortou um dedo da vítima para roubar uma aliança – entre outros sinais de tortura –, ela ainda é acusada de ter relação com outros três assassinatos não esclarecidos. Em todos os casos, ela estaria sobre efeito de crack.
"Um caso como esse, no qual é comprovado o contexto do efeito das drogas e outros atenuantes não termina em pena de morte normalmente", declarou o advogado, reforçando a hipótese de racismo.
Apenas doze mulheres foram executadas até hoje nos Estados Unidos, desde 1976, quando a pena de morte foi reinstaurada. No mesmo período, mais de 1,3 mil homens sofreram a punição. De acordo com a Justiça americana, a diferença pode ser explicada por critérios proporcionais: entre 1980 e 2008, mulheres participaram de apenas 10% dos homicídios no país.
O Estado do Texas discute a pena de Kimberly McCarthy, de 51 anos, primeira mulher a ter a execução marcada nos Estados Unidos desde 2010 e a 13ª desde a reinstauração da pena de morte no país, em 1976. Poucas horas após confirmar a sentença, nesta terça-feira, o juiz Larry Mitchell, de Dallas, aceitou ampliar para o dia 3 de abril o prazo para que a Defesa de McCathy apresente um recurso. As informações são do Huffington Post.
Fonte: TERRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário