Cresce gasto do governo com linha privada do metrô de São Paulo
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ANDRÉ MONTEIRO
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
A linha 4-amarela, a primeira de operação privada do metrô de São Paulo, teve um aumento de 14% no número de passageiros transportados no primeiro semestre. A remuneração da concessionária ViaQuatro, porém, cresceu 26% no mesmo período.
A empresa recebe do governo estadual por passageiro transportado, segundo uma tarifa definida no contrato.
Para quem só usa a linha, o valor repassado é integral. Quando o passageiro faz integração com outras linhas da rede, o valor é a metade.
Hoje, o governo tem que desembolsar R$ 3,13 por passageiro que usa exclusivamente a linha amarela --gastando mais do que os
R$ 3 que cobra de passagem.
R$ 3 que cobra de passagem.
A passagem chegou a subir para R$ 3,20 em junho, mas o governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou atrás após a onda de protestos.
No primeiro semestre, o número dos passageiros exclusivos dobrou em relação ao ano passado. Já o de passageiros que fazem integração subiu apenas 8%.
O aumento dos repasses também ocorreu porque a tarifa de remuneração, que não é vinculada à tarifa pública, teve em fevereiro o reajuste anual previsto em contrato.
O valor passou de R$ 2,93 para os R$ 3,13, aumento de 7%. Foi a primeira vez, desde que o contrato foi assinado, em 2006, que a tarifa de remuneração superou a passagem cobrada dos usuários.
Rivaldo Gomes-23.set.11/Folhapress | ||
Passageiros aguardam trem na linha 4-amarela do metrô; cresce gasto do governo paulista com a linha privada |
PPP
A linha amarela foi a primeira PPP (Parceria Público Privada) do país. O governo ficou responsável pela construção dos túneis e estações, e a ViaQuatro comprou trens e implantou os sistemas de operação em troca do direito de operar a linha por 30 anos.
Segundo pesquisa da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), os usuários consideram a linha a melhor da rede paulistana.
Na linha 6-laranja, que será a primeira PPP em que a construção também será feita por uma concessionária, o critério de remuneração aboliu a divisão por tipo de passageiro e adotou tarifa única.
As últimas estações da linha amarela a serem inauguradas foram República e Luz, em setembro de 2011.
No mês seguinte, a linha começou a operar em horário integral.
Em quase dois anos de operação plena, a ViaAmarela foi multada apenas uma vez por problemas no serviço. A multa foi de R$ 140 mil, aplicada devido a falha que atrasou o início da operação em 10 de março de 2012.
A empresa contesta a multa e entrou na Justiça para tentar uma anulação.
Na segunda fase, prevista para 2014, serão abertas mais cinco estações. Mas as obras na última estação, na Vila Sônia, atrasaram e ela será inaugurada apenas em 2015. Também há dúvidas sobre a abertura da estação São Paulo-Morumbi no ano que vem.
Fonte: FOLHA DE SP
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