O Município catarinense que figura no título desta matéria é um dos que, para sua felicidade, ostenta um volume de nascentes invejável, mas está a desperdiçar tal riqueza, ante a falta de políticas sérias de preservação.
Urge que aconteça um debate público - envolvendo não só os cidadãos daquele município, mas também autoridades estaduais, nacionais e - por que não dizer - internacionais, incluindo cientistas, no sentido de se planejar uma melhor preservação e aproveitamento do potencial hídrico local.
É de lá (Pilões), que vem grande parte da água consumida em Florianópolis.
Mobilização já.
A ONU está a alertar para as nefastas consequências do desperdício de água mundo afora.
Um programa de replantio de árvores junto às nascentes e nas margens de cursos d'água - como outros municípios brasileiros já estão a implementar -, que não custaria tão caro assim, já seria um grande passo.
Outra medida inadiável é uma campanha de conscientização dos agricultores contra os abusos na aplicação de inseticidas e herbicidas na agricultura. Não há fiscalização de tal atividade e os produtos levados ao mercado (tomate, por exemplo), se devidamente analisados, com certeza deveriam ser destruídos, por conterem excesso de veneno, que na região do Sul do Rio, por exemplo, é chamado de "remédio".
Os custos sociais do uso descontrolado dos tais "remédios" (com os quais as multinacionais inescrupulosas inundam nossas agropecuárias) são imensos, até porque os descuidados agricultores costumam aplicá-los sem o menor cuidado, vestidos inadequadamente. Tais remédios, suponho, acabam indo parar no lençol freático e contaminando as águas dos incontáveis poços artesianos que abastecem as famílias de rurícolas. Dá para imaginar o que isto deve gerar de doenças, atendimentos médicos e hospitalizações.
Salvemos as águas do antigo Cubatão e todas as outras de menor volume, mas, principalmente, os cidadãos que - ignorantes ou descuidados - não valorizam a maior riqueza do Município.
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