Doença ataca principalmente crianças; para pastor a
vacinação significa interferência no desígnio divino
O reverendo Adriaan Geuze, da Congregação Reformada da América do Norte, está orientação seus seguidores a não participarem da campanha do governo de vacinação contra o sarampo, embora esteja ocorrendo no país um surto da doença.
“Os membros de nossa congregação não acreditam que as vacinas sejam seguras”, disse Geuze à CBC News.
Para ele, a vacinação significa uma interferência nos desígnios de Deus. “E é “Ele que vai curar a doença.”
A taxa de vacinação contra o sarampo no Canadá é elevada, de 95%, mesmo não sendo obrigatória, mas ela cai drasticamente, para 50%, quando se examina somente a região da população mais religiosa, do “cinturão da Bíblia”.
As autoridades confirmaram que dois estudantes da Escola Cristã Monte Cheam foram contaminados pelo vírus da doença.
Ambos foram dispensados das aulas e a escola permaneceu fechada por uma semana, mas estudantes e funcionários ficaram por algum tempo expostos ao vírus. Cerca de 100 jovens podem ter contraído a doença.
Extremamente contagioso, pelas vias respiratórias, o sarampo propicia ao desenvolvimento de pneumonia e encefalite e, em consequência, pode matar o infectado. Suas principais vítimas são as crianças.
A doença se caracteriza por erupção cutânea, febre alta, coriza, tosse, olhos vermelhos e manchas brancas na mucosa da boca.
O sarampo estava praticamente erradicado do Canadá. Sua volta ao país ocorreu por intermédio de pessoas que estiveram ou vieram de países onde o vírus está muito ativo, como as Filipinas — lá já teriam morrido 24 crianças.
Geuze disse que não obriga seus fiéis a recusarem a vacina, mas deixa claro, para eles, que não recomenda o procedimento, segundo a leitura que ele faz da Bíblia.
"Eles (os fiéis) esperam que eu me coloque de uma forma clara”, disse, de modo que “possam tomar uma decisão de acordo com a sua consciência”.
O trecho da Bíblia que não autoriza a vacinação seria Mateus 9:12: “ Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes”.
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