por Tiago Miranda
para Agência Câmara Justiça
Pastora luterana Bencke
disse que a intolerância
põe a religião fora do tempo
A secretária-geral do Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil), a pastora luterana Romi Bencke (foto), disse que o grande desafio hoje em relação à violência é a intolerância religiosa, em especial a intolerância cristã.
“Essa intolerância nos mostra a falta da abertura para estabelecer um diálogo saudável entre tradição e o processo de modernização. A falta de diálogo faz com que a própria religião fique fora do tempo”, disse.
De acordo com a pastora, o Estatuto da Família em discussão na Câmara é uma forma de projeto restaurador do mundo proposto por uma visão religiosa sem diálogo, assim como a “cura gay”, a redução da maioridade penal e a idealização da mulher como mãe. “A base da intolerância está na dificuldade do reconhecimento no outro. É uma arrogância identitária.”
Bencke relatou a propagação de ódio depois de divulgar um evento com o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) em uma página de rede social. “Em uma hora e meia, recebemos mais de 30 comentários negativos.”
Já o padre da diocese de Lorena (SP) Wagner Ferreira da Silva falou que a questão do ódio nas redes sociais é a ponta do iceberg para a violência. Ao citar falas de papas, ele afirmou que a paz corre perigo quando a dignidade humana não é respeitada, quando a convivência não é orientada para o bem comum. “A violência é o mal, é inaceitável como solução para os problemas.”
Segundo ele, o uso da violência constitui deformação das práticas religiosas.
Eles participam do 12o Seminário LGBT do Congresso Nacional, que tem o tema “Nossa vida d@s outr@s – A empatia é a verdadeira revolução”.
Com foto de divulgação.
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