19.02.2019 às 9h59
Num artigo de 1975, Broecker previu que o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera iriam conduzir à subida das temperaturas e introduziu, assim, no uso comum a expressão “aquecimento global”
O cientista que fez soar os primeiros alarmes sobre as alterações climáticas e tornou popular o termo "aquecimento global", Wallace Smith Broecker, morreu aos 87 anos, foi anunciado esta terça-feira.
O antigo professor e investigador da Universidade de Columbia morreu esta segunda-feira num hospital em Nova Iorque, segundo um porta-voz da instituição.
Num artigo de 1975, Broecker previu que o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera iriam conduzir à subida das temperaturas e introduziu, assim, no uso comum a expressão "aquecimento global".
Mais tarde, foi o primeiro cientista a reconhecer aquilo a que chamou a "correia transportadora oceânica, uma rede global de correntes que afeta tudo, desde a temperatura do ar até aos padrões da chuva.
"Wally era único, brilhante e combativo", disse o professor da Universidade de Princeton Michael Oppenheimer
"Não se deixou enganar pelo resfriamento dos anos 70. Viu claramente um aquecimento sem precedentes, agora patente, e deixou claro o seu ponto de vista, mesmo quando poucos estavam dispostos a ouvir", frisou.
Nascido em 1931, em Chicago, Broecker recebeu a Medalha norte-americana de Ciência em 1996 e foi membro da Academia de Ciências dos Estados Unidos. Também serviu como coordenador de investigação do Projeto Biosfera 2, no estado do Arizona.
Juntou-se ao corpo docente da Universidade Columbia em 1959, passando a maior parte do seu tempo no laboratório daquela universidade em Palisades, Nova Iorque
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