Formigas, gafanhotos e outros insetos são ricos em antioxidantes, descobriu um estudo realizado na universidade de Téramo em Itália
Com certeza já ouviu várias vezes falar da importância dos antioxidantes para o nosso organismo. São frequentemente mencionados em anúncios a sumos de fruta e a nossa maior fonte desta substância são as frutas e os vegetais. Contudo, a realidade pode vir a mudar nas próximas décadas.
Um grupo de investigadores italianos partiu do crescente interesse no consumo de insetos pelos ocidentais para perceber melhor as mais valias destes animais. A grande descoberta foi o facto de conterem níveis altos de concentração de antioxidantes, essenciais ao funcionamento do sistema imunitário e à prevenção do cancro.
O nosso corpo produz um nível insuficiente de antioxidantes, daí a necessidade de os ir “buscar” aos alimentos. Por seu turno, os radicais livres são produzidos pelo nosso metabolismo e introduzidos no organismo através da exposição ao sol, de poluição, do consumo de bebidas alcoólicas, tabaco, entre outros. Estes danificam as células o que, em última análise, causa o aparecimento de cancro e outras doenças. Os antioxidantes combatem os radicais livres e impedem as células de oxidarem.
O estudo comprovou, entre outros dados, que extratos líquidos de gafanhotos, bichos-da-seda e grilos apresentaram valores de concentração de antioxidantes cinco vezes maiores do que os sumos de laranja. Além destes, também os restantes tipos de insetos contém valores superiores ao sumo de laranja e ao azeite, duas das principais fontes de antioxidantes que consumimos atualmente.
O insetos não viriam substituir o consumo de fruta e vegetais, mas antes complementar a sua função. Ainda assim, o consumo destes animais representa, de acordo com o estudo, “uma fonte válida de proteínas, minerais, vitaminas e ácidos graxos com impacto biológico baixo”. O que significa que poderiam fazer-nos reduzir, por exemplo, o consumo de carne e peixe sem prejuízo à saúde e beneficiando o meio ambiente.
A Comissão Europeia ainda está para aprovar a lei relativa às regras de produção de insetos destinados ao consumo humano. Segundo um comunicado da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que será o organismo responsável pela aprovação de produtos e de estabelecimentos em solo nacional, espera-se que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos emita, “até ao final do ano, alguns pareceres relativos à avaliação dos pedidos submetidos, pareceres que depois servirão de base às decisões da Comissão e dos Estados-membros sobre a matéria”.
Fonte: http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-07-15-Ha-mais-uma-razao-para-comer-insetos-prevenir-o-cancro
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