Recentemente, um terreno situado às margens da SC-401 (chamada de Rodovia José Carlos Daux,o que muito me "agrada"), n. 10.460, no distrito de Santo Antônio de Lisboa, passou a ostentar uma edificação nova, bastante bonita, por sinal, onde está sediada uma das potências maçônicas, o Grande Oriente do Brasil/GOB. Aquele imóvel pertencia ao Estado de SC, salvo melhor juízo.
Agora. vejo notícia de que a Prefeitura doará mais um terreno em Ingleses, com área superior a 2.000 m2, valendo, segundo o PSOL, mais de 4 milhões, também para a Ordem.
Perguntas inevitáveis, ao combatente PSOL, que vê na doação a uma Associação "Beneficente" ligada à Maçonaria, um rematado absurdo - do que aliás, não discordo: Mas e se as doações sob comento tivessem sido feitas à Igreja Católica, à qual o PSOL é sabidamente ligado? Sobreviriam críticas ou endosso irrestrito?
Um aspecto está a ganhar corpo: a Maçonaria, antes do golpe contra Dilma (impedida e destituída, sem que o julgamento do seus supostos crimes tenha sido efetivado pelo STF, até hoje) e principalmente depois do mesmo, vem ampliando seu espaço e demonstrando crescente e muito importante influência, inclusive entre os evangélicos.
E parece-me que é aí que está o "busilis".
Penso que o PSOL combate os privilégios maçônicos, mas, no fundo, está preocupado com o crescimento indiscutível dos cultos evangélicos, que estão avançando, inexoravelmente, sobre o que era quintal praticamente exclusivo da Igreja Católica, no mercado religioso.
A Maçonaria sempre teve uma convivência tumultuada - sofrendo, inclusive, intensa perseguição dos áulicos do Vaticano, como todos sabemos - mas também não é aceita, irrestritamente, por muitos setores evangélicos, que apregoam a suposta ligação dos "pedreiros livres" com o demônio.
Enfim: o que estamos vendo é "briga de cachorros grandes", pelo fabuloso mercado religioso brasileiro, que tanto os católicos quanto os evangélicos almejam dominar. Religião rende fábulas de dinheiro, gozam as instituições religiosas de imunidade a impostos e incontáveis isenções, servem para manter a "manada" quietinha, submissa, na tradicional "vida de gado", já cantada por Zé Ramalho.Quanto à Maçonaria - cuja natureza ainda se discute, sendo predominantes as decisões judiciais que não a consideram uma religião - parece estar acima dos cultos religiosos, ou infiltrada em todos eles.
Bolsonaro, assim como o governador de SC, eleito por uma coligação informal dos conservadores - católicos e evangélicos - com um discurso de combate aos diabólicos "cumunistas", tira proveito de tudo, mas sem bater na Maçonaria, a qual, aliás, em grande parte, o apoiou e festejou sua eleição. Quanto ao prefeito Gean Loureiro (filho de Aguinaldo Loureiro, uma das lideranças maçônicas do nosso Estado), também é sabidamente "bode".
Daí a importância de se colocar em prática a laicidade estatal, preconizada pelo artigo 19 da Constituição Federal, mas que é massacrada, a todo momento, pelos gestores públicos, com a conivência do Ministério Público (federal e estaduais) e das Magistraturas (Federal e estaduais) que foram decisivas na defenestração do PT do poder, como está mais que provado.
Agora. vejo notícia de que a Prefeitura doará mais um terreno em Ingleses, com área superior a 2.000 m2, valendo, segundo o PSOL, mais de 4 milhões, também para a Ordem.
Perguntas inevitáveis, ao combatente PSOL, que vê na doação a uma Associação "Beneficente" ligada à Maçonaria, um rematado absurdo - do que aliás, não discordo: Mas e se as doações sob comento tivessem sido feitas à Igreja Católica, à qual o PSOL é sabidamente ligado? Sobreviriam críticas ou endosso irrestrito?
Um aspecto está a ganhar corpo: a Maçonaria, antes do golpe contra Dilma (impedida e destituída, sem que o julgamento do seus supostos crimes tenha sido efetivado pelo STF, até hoje) e principalmente depois do mesmo, vem ampliando seu espaço e demonstrando crescente e muito importante influência, inclusive entre os evangélicos.
E parece-me que é aí que está o "busilis".
Penso que o PSOL combate os privilégios maçônicos, mas, no fundo, está preocupado com o crescimento indiscutível dos cultos evangélicos, que estão avançando, inexoravelmente, sobre o que era quintal praticamente exclusivo da Igreja Católica, no mercado religioso.
A Maçonaria sempre teve uma convivência tumultuada - sofrendo, inclusive, intensa perseguição dos áulicos do Vaticano, como todos sabemos - mas também não é aceita, irrestritamente, por muitos setores evangélicos, que apregoam a suposta ligação dos "pedreiros livres" com o demônio.
Enfim: o que estamos vendo é "briga de cachorros grandes", pelo fabuloso mercado religioso brasileiro, que tanto os católicos quanto os evangélicos almejam dominar. Religião rende fábulas de dinheiro, gozam as instituições religiosas de imunidade a impostos e incontáveis isenções, servem para manter a "manada" quietinha, submissa, na tradicional "vida de gado", já cantada por Zé Ramalho.Quanto à Maçonaria - cuja natureza ainda se discute, sendo predominantes as decisões judiciais que não a consideram uma religião - parece estar acima dos cultos religiosos, ou infiltrada em todos eles.
Bolsonaro, assim como o governador de SC, eleito por uma coligação informal dos conservadores - católicos e evangélicos - com um discurso de combate aos diabólicos "cumunistas", tira proveito de tudo, mas sem bater na Maçonaria, a qual, aliás, em grande parte, o apoiou e festejou sua eleição. Quanto ao prefeito Gean Loureiro (filho de Aguinaldo Loureiro, uma das lideranças maçônicas do nosso Estado), também é sabidamente "bode".
Daí a importância de se colocar em prática a laicidade estatal, preconizada pelo artigo 19 da Constituição Federal, mas que é massacrada, a todo momento, pelos gestores públicos, com a conivência do Ministério Público (federal e estaduais) e das Magistraturas (Federal e estaduais) que foram decisivas na defenestração do PT do poder, como está mais que provado.
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